Os futuros de Nova York operam de forma instável na manhã desta segunda-feira (29), abrindo a semana sem direção única. As bolsas europeias, por sua vez, registram leves ganhos após o início das negociações. No entanto, o mercado asiático fechou no vermelho.
Por volta das 7h55, os mercados futuros dos EUA oscilavam. A Nasdaq caía levemente 0,17%, a 9.851,00 pontos. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, entretanto, também apresentava uma queda, de 2,82%, para 33,55 pontos.
O avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) segue no radar dos investidores. No último final de semana, o mundo atingiu a marca de 10 milhões de casos confirmados pela doença, com aproximadamente 500 mil vítimas, segundo informações da universidade estadunidense John Hopkins.
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Os estados norte-americanos que apresentaram aumento nos casos nas últimas semanas — Arizona, Califórnia, Flórida e Texas — implementaram novas restrições como medida de isolamento social e recuaram nas intenções de reabrir totalmente as economias.
O S&P 500 futuro, todavia, operava com uma alta de 0,18%, 3.012,38 pontos. Na última sexta-feira (26), o índice das 500 maiores companhias dos EUA fechou em queda de 2,42%, a 3.009,05 pontos — cerca de 11% abaixo da máxima atingida antes da pandemia. O Dow Jones também subia, cerca de 0,34%, para 25.037,5 pontos.
Segundo Sebastien Galy, macroestrategista da Nordea Asset Management, em entrevista ao “The Wall Street Journal”, “ainda existe um alto nível de volatilidade, o que mostra que o grau de medo ainda é muito elevado”.
“Acho que estamos na última parte dessa onda de alívio, causada pelos bancos centrais fazendo seus trabalhos e transferindo muita liquidez para o mercado”, disse.
As bolsas europeias, em contraponto ao mercado norte-americano, operam em alta nesta segunda. Às 8h10, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 0,44%, a 12.149,20 pontos. O britânico FTSE 100, no entanto, subia 0,42%, para 6.189,31 pontos. O índice francês, CAC 40, avançava 0,28%, para 4.923,52 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 0,81%, a 19.277,50 pontos, já próximo do nível pré-coronavírus. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 0,29%, para 3.213,49 pontos.
Nos mercados asiáticos, as bolsas chinesas voltam a abrir após o Festival do Barco do Dragão, feriado nacional de dois dias. O SSE Composite, de Xangai, fechou em baixa de 0,61%, indo para 2.961,52 pontos.
A bolsa do Japão, Nikkei 225, encerrou o pregão com um tombo de 2,30%, para 21.995,04 pontos, enquanto a KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações caindo 1,93%, para 2.093,48 pontos. A Hang Sang, de Hong Kong, caiu 1,01%, para 24.301,28 pontos.
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Às 8h15, o petróleo WTI subia 0,55%, sendo negociado a US$ 38,70 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava um avanço de 0,32%, a US$ 41,06 o barril. As cotações da commodity procuram retomar a tendência de alta após a gradual recuperação da procura pelo produto, enquanto as economias mundiais tentam reabrir aos poucos.
Embora tenham presenciado uma onda de otimismo ao longo de junho, sobretudo no início do mês, os mercados globais e os futuros norte-americanos permanecem de olho nos possíveis impactos da pandemia na economia mundial.