Os mercados futuros de Nova York operam de forma estável na manhã desta segunda-feira (20), abrindo a semana sem movimentos bruscos e de olho no avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A Europa opera entre ganhos e perdas, enquanto o mercado chinês se destaca na Ásia.
Por volta das 7h15, os mercados futuros dos EUA operavam de forma distinta. O S&P 500 futuro apresentava uma baixa de 0,21%, para 3.206,88 pontos. O mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou o pregão da última sexta-feira (17) com uma alta de 0,28%.
Desde o início da pandemia, mais de 140 mil pessoas já morreram devido ao vírus nos Estados Unidos, enquanto mais de 3 milhões foram infectadas. Os investidores compreendem que uma recuperação econômica robusta, não só no território norte-americano mas também em qualquer lugar do mundo, depende de como os governos irão conter as seguidas ondas de infecção em meio às reaberturas.
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Além disso, o mercado segue atento à continuidade das divulgações dos resultados corporativos do segundo trimestre deste ano, período mais impactado pela pandemia. Na última semana, os maiores bancos do país divulgaram seus números, neste semana empresas como Coca-Cola, e United Airlines devem apresentar seus números. É esperado que, em média, as empresas do S&P 500 vejam seus lucros cair 44% na comparação anualizada.
No mesmo horário, o Dow Jones também caía, a 0,17%, para 26.475,0 pontos. Já a Nasdaq avançava 0,03%, a 10.625,75 pontos. A bolsa da tecnologia já subiu quase 20% neste ano, superando sua máxima histórica. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, apresentava uma baixa de 0,33%, a 28,88 pontos.
Segundo Jane Foley, chefe-estrategista de câmbio do Rabobank, em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal, “se recebermos notícias positivas sobre os estímulos nos EUA nesta semana, haverá mais espaço para os ativos de risco”. “Mas até vermos melhores notícias no que tange ao coronavírus, o mercado de ações pode parecer um pouco complicado”, afirmou.
De forma similar aos futuros de Nova York, os mercados europeus operam sem direção única após a abertura do pregão. Na zona do euro, o desemprego pode atingir quase 10% até o fim do ano enquanto a economia derrapa, de acordo com uma pesquisa da “Bloomberg”.
O DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 0,30%, a 12.955,70 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava -0,19%, para 5.060,00 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava uma baixa de 0,66%, para 6.248,72 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma leve queda de 0,06%, a 20.408,50 pontos, acima do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 0,09%, para 3.368,49 pontos.
Os líderes da União Europeia seguem em negociação sobre um plano de recuperação na ordem de 1,8 trilhão de euros, mas ainda não chegaram a um consenso. Esta segunda-feira será o quarto dia seguido de conversas, por ora sem um acordo, o que levanta temores sobre um colapso econômico quase o pacote não seja aprovado.
Na Ásia, os principais mercados fecharam de forma estável. O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma alta de 3,11%, a 3.314,15 pontos. Na última sexta-feira, o órgão regulador bancário e de seguros da China informou que permitiria que as seguradoras domésticas alocassem até 45% de seus ativos totais para investimentos em ações, frente a 30% permitidos anteriormente.
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A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com um avanço de 0,09%. A bolsa de Hong Kong, por sua vez, fechou em baixa de 0,12%. Já KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando -0,14%.
Às 7h36, o petróleo WTI apresentava uma queda de 0,91%, sendo negociado a US$ 40,38 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava uma baixa de 0,86%, a US$ 42,77 o barril. O mercado da commodity procura retomar a tendência de crescimento após a gradual recuperação da demanda pelo produto.
Diferentemente da primeira metade do mês passado, quando o otimismo foi exacerbado, julho acena à expectativa de uma recuperação econômica mais moderada, à espera de uma vacina para o coronavírus. Dessa forma, os mercados futuros e as bolsas globais refletem o comportamento dos investidores de todo o mundo.