Os futuros de Nova York operam entre ganhos e perdas nesta quinta-feira (18), com os investidores atentos aos desdobramentos do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no território norte-americano. Da mesma forma, os mercados asiáticos fecharam sem direção única, temerosos pelos impactos da pandemia. Já as bolsas europeias, continuam de olho nos estímulos do BCE.
O Ibovespa futuro, por sua vez, abriu em queda nesta quinta, de olho no avanço da pandemia e nas tensões políticas. O mercado futuro do maior índice acionário da bolsa brasileira, por volta das 9h20, apresentava um baixa de 1%.
Um pouco antes, por volta das 7h30 desta quinta, os mercados futuros dos EUA pouco oscilavam. O S&P 500 futuro operava com uma leve queda de 0,12%. Na última quarta-feira, o índice das 500 maiores empresas norte-americanas operou em alta boa parte do dia, mas reverteu e fechou em baixa de 0,36%, a 3.113,49 pontos, após quatro dias consecutivos de ganhos.
Nesta semana, os estados norte-americanos Arizona, Carolina do Norte e Texas apresentaram consecutivos aumentos nas hospitalizações dias em decorrência do coronavírus. Segundo dados da universidade John Hopkins, mais de uma dezena de estados observou seus casos confirmados subirem na última semana em uma frequência mais alta do que nos sete dias anteriores. Uma explosão de novos casos pode impactar a tentativa de reabertura da economia em todo o país.
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De acordo com Cliff Tan, chefe de pesquisa de mercado global do Leste Asiático no MUFG Bank, em entrevista ao “The Wall Street Journal”, “se os EUA realmente não conseguirem controlar a pandemia, isso poderá ser um choque muito grande”. Além disso, ressaltou que “ainda estamos na parte da primeira onda, quando é incerto se está contido ou não”.
O Dow Jones caía 0,10%, para 26.003,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava em avanço de 0,09%, a 9.991,25 pontos, abaixo da sua máxima histórica, atingida nos últimos dias. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, apresentava uma leva alta de 0,8%%, a 33,92 pontos.
Os futuros também seguem atentos a mais uma divulgação, às 9h30 (horário de Brasília), sobre os pedidos de seguro-desemprego nos EUA. Analistas esperam novas 1,3 milhão de demissões na semana encerrada no dia 12 de junho.
Às 7h50, o DAX 30, índice alemão, operava com uma queda de 0,54%, a 12.317,25 pontos. O britânico FTSE 100 apresentava um recuo de 0,21%, para 6.240,35 pontos. O índice francês, CAC 40, caía 0,63%, para 4.965,67 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava praticamente estável, com uma baixa de 0,05%, a 19.575,50 pontos. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, recuava 0,31%, a 3.257,25 pontos.
Analistas do alemão Deutsche Bank esperam que o Banco Central Europeu (BCE) expanda seu programa de compra de títulos em 125 bilhões de libras (cerca de R$ 820,94 bilhões) após a economia do Reino Unido ter caído 20% em abril.
Mesmo após Pequim ter sido isolada para evitar uma nova onda de infecções pelo o vírus, o mercado asiático fechou estável. O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma leve alta de 0,12%, a 2.939,32 pontos.
A bolsa do Japão, Nikkei 225, encerrou o pregão com uma queda de 0,45%, ainda refletindo os dados comerciais, após mostrarem que as exportações recuaram 28% em maio, a maior queda em 11 anos. A bolsa de Hong Kong fechou estável com uma baixa de 0,07%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações com uma baixa de 0,35%.
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Às 8h, o petróleo WTI subia 1%, sendo negociado a US$ 38,34 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent recuava 1,28%, a US$ 41,22 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda, ao passo que as economias de todo o mundo reabrem.
Apesar do otimismo observado até meados da última semana, as bolsas globais e os futuros norte-americanos permanecem atentos às possíveis consequências da pandemia na economia mundial.
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