Os mercados futuros de Nova York operam no azul na manhã desta quarta-feira (15), com a expectativa da criação de uma vacina que combata à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A Europa volta a ter ganhos após dias operando no vermelho, enquanto os mercados asiáticos ficam próximos da estabilidade.
Por volta das 8h, os mercados futuros dos EUA operavam em alta. O S&P 500 futuro apresentava um avanço de 1,15%, para 3,220.12 pontos. O mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou o pregão da última terça-feira (14) com uma alta de 0,94%.
As ações do laboratório norte-americano Moderna Inc. (NASDAQ: MRNA) subiam mais de 18% no pré-market. Resultados dos estudos da empresa mostraram que a vacina induziu imunidade ao vírus a todas as 45 pessoas testadas.
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Paulo Jackson, chefe de pesquisa de alocação de ativos da Invesco, salientou ao “The Wall Street Journal” que “toda vez que recebemos algum tipo de notícia positiva na frente da vacina, os mercados se beneficiam disso”. “Do jeito que está o momento, realmente parece que uma vacina é a única esperança.”
No mesmo horário, o Dow Jones também subia, a 1,41%, para 26,862.0 pontos. Já a Nasdaq avançava 0,86%, a 10,736.88 pontos. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, apresentava uma baixa de 3,22%, a 28.67, patamar mais baixo das últimas semanas.
Embora o otimismo volte a tomar conta do mercado, as infecções e mortes por conta da pandemia voltaram a aumentar nos Estados Unidos. O estado da Flórida registrou mais 132 novos óbitos relacionados ao coronavírus, maior número diário desde o início da pandemia. Foram 9.194 novos casos confirmados.
O mercado também está de olho no período de divulgação do resultados corporativos do segundo trimestre. Os bancos J.P. Morgan, Citigroup e Wells Fargo sinalizaram que a recessão será acentuada nos próximos meses e ultrapassaram seus recordes com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD).
Assim como os futuros de Nova York, na Europa os investidores voltam a mostrar otimismo com a recuperação econômica. Após a abertura do mercado nesta quarta-feira, os índices do Velho Continente eram conduzidos por empresas de viagens e lazer.
O DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 1.97%, a 12,942.35 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava +2.39%, para 5,127.22 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava um avanço de 1.76%, para 6,287.89 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 1.97%, a 20,270.50 pontos, acima do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 1.95%, para 3,386.61 pontos.
Na Ásia, os principais mercados fecharam de forma estável, com exceção à China. O SSE Composite, de Xangai encerrou o pregão com uma baixa de 1,56%, a 3,361.30 pontos, após o presidente Donald Trump assinar uma lei de sanções para punir as autoridades chinesas pela interferência em Hong Kong.
Na próxima quinta-feira (16), a China divulgará o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, assim como os indicadores econômicos de junho.
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A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma alta de 1,59%. A bolsa de Hong Kong fechou com um leve avanço de 0,01%. Já KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando +0.84%.
Às 8h15, o petróleo WTI apresentava uma alta de 1,49%, sendo negociado a US$ 40,87 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava um avanço de 1,26%, a US$ 43,43 o barril. O mercado da commodity procura retomar a tendência de crescimento após a gradual recuperação da demanda pelo produto.
Assim como a maior parte do mês passado, julho acena à expectativa de uma recuperação econômica e descoberta de uma vacina para o combate à pandemia. Assim, os mercados futuros e as bolsas globais refletem o comportamento dos investidores de todo o mundo.