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Futuros de NY em forte alta após pior dia desde março; Ibovespa futuro cai 3%

O Ibovespa abriu em alta nesta segunda-feira (16) e atingiu o maior patamar desde 29 de julho.

O Ibovespa abriu em alta nesta segunda-feira (16) e atingiu o maior patamar desde 29 de julho.

Após o mercado norte-americano observar seu pior dia desde março, os futuros operam no azul em busca de um alívio. As bolsas europeias, que também tiveram um dia de fortes perdas na última quinta-feira (11), também apresentam alta na manhã desta sexta-feira (12).

O Ibovespa futuro, no entanto, abriu em forte queda nesta sexta-feira. Após não operar na última quinta-feira, devido ao feriado de Corpus Christi, o futuro do maior índice acionário da bolsa brasileira, por volta das 9h20, apresentava um baixa de 2,99% — indicando que pode ser um dia de alta volatilidade.

Por volta das 7h22 desta sexta-feira, o S&P 500 futuro apresentava uma alta de 1,96%. Ao contrário do que mostram os futuros nesta manhã, na última quinta-feira o mercado à vista fechou com uma desvalorização de 5,89%, a 3.002,10 pontos. O mercado está atento à possibilidade de uma segunda onda de infecções da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), além da posição cautelosa do Federal Reserve (Fed).

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Alguns estados norte-americanos, como Texas, Flórida, Arizona e Califórnia, apresentaram picos de casos e internações nos últimos dias, em relação às últimas duas semanas. O aumento dos casos elevou o total no território estadunidense a mais de 2 milhões.

O Dow Jones subia 2,32%, para 25.748,0 pontos — após um tombo de 6,90%. A Nasdaq, por sua vez, operava em avanço de 1,62%, a 9.771,00 pontos, após bater sua máxima histórica, acima dos 10 mil pontos, na última terça-feira (9). O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado estadunidense, que mede a volatilidade dos ativos, apresentava uma queda de 10%, a 36,55 pontos, após ter subido cerca de 40% no último pregão.

Os futuros permanecem atentos às mensagens do Fed. O presidente do Banco Central norte-americano, Jerome Powell, disse, na última quarta-feira, que a pandemia pode resultar em danos econômicos permanentes e um período prolongado de alto desemprego. Entretanto, a autoridade monetária central do país mostrou-se disposta a continuar com os esforços para estimular a economia.

O presidente dos EUA, Donald Trump, em sua conta pessoal do Twitter, reiterou que o Fed está equivocado, e que há indícios de que a economia do país deve demonstrar uma forte recuperação a partir do terceiro trimestre, voltando ao normal em 2021.

The Federal Reserve is wrong so often. I see the numbers also, and do MUCH better than they do. We will have a very good Third Quarter, a great Fourth Quarter, and one of our best ever years in 2021. We will also soon have a Vaccine & Therapeutics/Cure. That’s my opinion. WATCH!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 11, 2020

Ademais, os investidores ficam na expectativa por novos pacotes de auxílio econômico do governo estadunidense. O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que está sendo avaliada uma segunda rodada de estímulos à população dos EUA. Isso iria contribuir para o aumento dos gastos de famílias, principal expoente do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O último pregão também foi sangrento na Europa, fazendo os mercados procurarem uma recuperação nesta sexta. Às 7h45, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 0,58%, a 12.041,55 pontos, após ter caído 4,47% na última quinta. O britânico FTSE 100 apresentava um avanço de 0,89%, para 6.131,50 pontos. O índice francês, CAC 40, caía 0,48%, para 5.070,74 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano — o europeu mais impactado desde o início da pandemia –, registrava uma alta de 1,03%, a 19.002,50 pontos. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 1,28%, a 3.184,11 pontos, após ter recuado 4,53%.

O mercado europeu, que procura reabrir sua economia após um forte impacto da pandemia, também segue atento às perspectivas futuras. Em um relatório divulgado nesta sexta, o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que que a economia global terá cicatrizes remanescentes da pandemia.

Já as bolsas asiáticas fecharam no vermelho nesta sexta. O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma leve baixa de 0,04%, a 2.919,74 pontos.

A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma queda de 0,75%. A bolsa de Hong Kong fechou com um recuo de 0,73%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações com uma queda mais acentuada, de 1,02%.

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O petróleo WTI avançava 0,11%, sendo negociado a US$ 36,37 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent subia 0,31%, a US$ 38,67 o barril. Os preços da commodity estão retomando a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda, ao passo que as economias de todo o mundo reabrem.

Apesar do otimismo observado nos últimos dias, as bolsas globais e os futuros norte-americanos estão permanecem atentos às possíveis consequências da pandemia na economia mundial.

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