Os futuros de Nova York operam em alta na manhã desta quinta-feira (2), reafirmando o senso de otimismo após o encerramento do melhor trimestre desde 1998, no aguardo das informações do Departamento do Trabalho norte-americano. As bolsas europeias, por sua vez, revertem as quedas do mercado à vista da última quarta-feira (1) e também operam em alta. Os mercados asiáticos também fecharam no azul.
Por volta das 7h22, os mercados futuros dos EUA operavam em alta. O S&P 500 futuro apresentava um avanço de 0,50%. Na última quarta, o mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou em alta de 0,50%, a 3.115,86 pontos — patamar 7,9% abaixo do pico pré-pandemia.
No trimestre encerrado em junho, o S&P 500 apresentou uma alta de 20%, o melhor desempenho para o período desde 1998. Os investidores seguem otimistas, à espera das informações sobre o desemprego, números esses que explodiram nos últimos meses devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O Departamento do Trabalho apresentará as novas informações, referentes a junho, às 9h30 (horário de Brasília) desta quinta.
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Os mais recentes dados econômicos trazem aos investidores a expectativa de que a recuperação no país será realizada mais rapidamente do que o esperado. Isso é atrelado à possibilidade do Federal Reserve (Fed) permanecer injetando altas quantias financeiras para fomentar o consumo das famílias e sustentar o mercado.
Por volta do mesmo horário, o Dow Jones também subia 0,82%, para 25.787,5 pontos. A Nasdaq, por sua vez, avançava 0,34%, a 10.303,12 pontos, sua máxima histórica. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, recuava 0,82%, a 29,58 pontos.
Segundo Jerome Powell, presidente do Fed, “o consumo e outras atividades da economia se recuperaram das medidas de restrição à pandemia mais rapidamente do que esperávamos”. Entretanto, em encontro com o Congresso na última terça-feira (30), Powell salientou que um segundo surto do coronavírus prejudicaria a confiança do público e colocaria partes da economia em risco.
Entretanto, Patrick Spencer, diretor administrativo da empresa de investimentos Bair, em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal”, disse que “na minha opinião, este é o começo de um novo mercado de alta”.
Já na Europa, de forma similar, os mercados também operam em alta, à espera de uma recuperação econômica duradoura. Às 7h34, o DAX 30, índice alemão, operava com um avanço de 1,59%, a 12.456,05 pontos. Na última quarta, o índice da maior economia da Europa caiu 0,41%.
O índice francês, CAC 40, registrava +1,40%, para 4.995,99 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava uma alta de 0,65%, para 6.197,84 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma valorização de 1,76%, a 19.671,50 pontos, próximo do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 1,58%, para 3.279,41 pontos.
Na Ásia, o otimismo com a retomada da atividade econômica, após dados econômicos mais fortes do que o estimado anteriormente, segue inalterado. O índice de blue chips da China, as maiores companhias da potência asiática, atingiu sua máxima histórica.
Além disso, o Ministério das Finanças da China disse que estuda vender mais títulos especiais do Tesouro para financiar infraestrutura relacionada a saúde pública e auxílio à economia afetada pela pandemia, como parte de um proposta para emitir 1 trilhão de iuanes ainda neste ano.
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O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma forte alta de 2,13%, a 3.090,57 pontos. A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com um avanço de 0,11%. A bolsa de Hong Kong fechou com uma alta de 2,85%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando +1,36%.
Às 7h45, o petróleo WTI apresentava uma alta de 0,60%, sendo negociado a US$ 40,09 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava um avanço de 0,74%, a US$ 42,34 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de crescimento após a gradual recuperação da demanda pelo produto, enquanto as economias mundiais tentam reabrir.
Junho foi um mês de forte otimismo sobre a expectativa da recuperação econômica em resposta à pandemia. Todavia, os riscos de uma segunda onda deixam os investidores alertas, o que se reflete nos mercados futuros e as bolsas globais.