Fusões e aquisições no Brasil crescem 10,2% em 2019

Segundo a consultoria TTR Transactional Track Record, as operações de fusões e aquisições no Brasil atingiram um volume de R$ 275,8 bilhões, frente a R$ 188,7 bilhões. Até novembro, foram registradas 1.217 transações, uma alta de 10,2% ante ao mesmo período do ano passado.

Baixe o relatório gratuito da SUNO sobre o IPO da XP Investimentos 

Dentre as fusões e aquisições registradas até novembro de 2019, os grupos estrangeiros correspondem a 60% dos negócios, equivalente a R$ 161,3 bilhões.

Wagner Rodrigues, diretor da TTR e responsável pelo estudo divulgado, afirmou ao jornal “O Estado de S.Paulo” que os dados registrados neste ano foram impulsionados pela Petrobras (PETR3; PETR4). A estatal arrematou no leilão do pré-sal, em novembro, duas das quatro áreas do bloco de búzios, da Bacia de Santos, por R$ 68 bilhões.

Petrobras impulsionou as fusões e aquisições de 2019

A petroleira foi um dos principais fatores de 2019 nas operações de fusões e aquisições, tanto do lado comprador quanto do vendedor. Em abril, a companhia vendeu o gasoduto TAG para a francesa Engie (ENGI11), por US$ 8,6 bilhões. Este foi o maior negócio de um estrangeiro no País.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/10/Lead-Magnet-1420x240-1.png

No início do mês passado, a Petrobras também desinvestiu da Liquigás, divisão de gás de cozinha, por R$ 3,7 bilhões. A empresa foi comprada por um consórcio liderado pela brasileira Copagaz e Itaúsa (ITSA3; ITSA4) e Nacional Gás também participaram.

Multinacionais norte-americanas, após três anos seguidos de queda de investimentos no Brasil, voltaram a aumentar seu interesse em ativos do País. No acumulado do ano, as empresas estadunidenses elevaram em 6% o volume de transações, com 112 negócios registrados.

As empresas dos Estados Unidos investiram mais de R$ 15 bilhões em aquisições no Brasil, sendo que a maior parte deste investimento contemplou empresas locais que atuam no segmento de tecnologia e internet.

A promulgação da reforma da Previdência e a expectativa de crescimento da economia devem impulsionar os negócios no País. Se na Bolsa de Valores a participação do investidor estrangeiro foi menor, as transações de fusões e aquisições permanecerão firmes.

De acordo com o Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC), os principais economistas do mercado financeiro brasileiro esperam que, ao final de 2019, a Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ser de 1,10%. Para o ano que vem, impulsionando as fusões e aquisições, o crescimento da economia deverá ser de 2,24%.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno