Fusão com Hapvida (HAPV3) transformará setor, diz Notre Dame (GNDI3)
O diretor-executivo (CEO) da Notre Dame Intermédica (GNDI3), Irlau Machado, afirma que a fusão anunciada com a Hapvida (HAPV3) será transformacional para o setor de saúde, caso seja aprovada pelos acionistas e pelos órgãos de defesa da concorrência. “Essa transação tem o potencial de aumentar os participantes da saúde complementar do país”, disse, em teleconferência para analistas.
Ao mesmo tempo, o CEO da Hapvida, Jorge Pinheiro, aponta que a transação ocorre em um momento crucial para a saúde no Brasil e no mundo, em que cresce o interesse da população por conseguir planos de saúde.
Pinheiro acredita que as empresas terão grande ganho de sinergia na operação, pois possuem complementariedade geográfica, são muito bem geridas, crescem acima da média, são rentáveis e sabem fazer aquisições.
Caso a operação seja aprovada, a nova empresa proveniente da fusão entre Hapvida e NotreDame terá 84 hospitais, 280 clínicas, 257 unidades de diagnóstico, com abrangência nacional. A companhia deve ter ainda cerca de 20% de participação no mercado no primeiro momento.
Acordo entre Hapvida e NotreDame foi definido neste domingo
As duas companhias anunciaram neste domingo (28) que haviam chegado a um consenso sobre a fusão.
De acordo com o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cada acionista da NotreDame Intermédica receberá 5,2490 ações ordinárias da Hapvida por papel da empresa, além do valor de R$ 6,45, o que resultará na empresa combinada em que acionistas da Hapvida passariam a deter 53,6% do capital social enquanto os da Intermédica vão ter 46,4%.
Ambas as empresas convocaram Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs) para o próximo dia 29 de março para deliberarem sobre o assunto, que dependerá de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) caso seja aprovado.
Irlau Machado Filho, atual diretor presidente da Notre Dame, e Jorge Pinheiro, diretor presidente da Hapvida, atuarão como co-CEOs na nova empresa combinada.
(Com Estadão Conteúdo)