Pelo menos quatro refinarias da Petrobras (PETR4) estão sob a mira de atos terroristas. Na noite de ontem (8), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) mapeou a evolução das manifestações políticas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas unidades da petroleira. Apesar disso, Ministério de Minas e Energia (MME) garantiu normalidade no abastecimento de combustíveis.
Segundo a entidade, o grupo convocou pelas redes sociais novos atos contra o atual governo nas refinarias da Petrobras, sendo elas:
- Refinaria Duque de Caxias (Reduc), Duque de Caxias (RJ);
- Refinaria Henrique Lage (Revap), São José dos Campos (SP);
- Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), Canoas (RS);
- Refinaria Gabriel Passos (Regap), Betim (MG).
“[Ontem] não teve a presença de manifestantes na Reduc. Mas cabe destacar diversas mensagens circulando nas redes sociais convidando a presença de manifestantes na Reduc e em distribuidoras de combustíveis em Caxias. A polícia militar está no local”, informou a FUP.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) garantiu a normalidade no abastecimento de combustíveis.
“O MME, em articulação com as entidades vinculadas, tem garantido a normalidade do abastecimento nacional de combustíveis e o funcionamento adequado de refinarias, terminais e bases de distribuição”, diz a nota assinada pelo ministro Alexandre Silveira.
Petrobras reforça segurança após ameaça de ataques contra instalações
Nesta segunda-feira (9), a Petrobras afirmou está reforçando suas medidas de segurança após verificar ameaças de invasão e de ataques às suas instalações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a estatal não deu detalhes do procedimento.
“As refinarias estão operando normalmente. A Petrobras está tomando todas as medidas preventivas de proteção necessárias, conforme procedimento padrão”, disse em nota.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também comunicou esforços em manter a segurança da companhia.
“Além de acompanhar a situação dos protestos nas estruturas, continuamos alertas e em coordenação com outros ministérios e estados para garantir o abastecimento”, disse Silveira.
Manifestações antidemocráticas em refinarias
O objetivo da manifestação antidemocrática na Petrobras é bloquear o acesso de caminhões-tanque nas bases das empresas distribuidoras de combustíveis. O argumento dos radicais é de que sem combustível o Brasil vai parar.
De acordo com relatório da FUP, no início da manhã do domingo a Polícia Militar precisou negociar com manifestantes na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP). A FUP informou que eram aproximadamente 50 apoiadores do ex-presidente em barracas. Segundo a federação dos petroleiros, a Polícia Militar continua no local e está monitorando o movimento.
Já na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS), cerca de 100 manifestantes estão concentrados na portaria da unidade. A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal estão no local, segundo a FUP.
Outra unidade sob ameaça de protesto é a Regap, em Betim (MG), que teve convocação também para esta segunda-feira (9) e conta com algumas pessoas acampadas e a presença da polícia militar.
A FUP listou como medidas preventivas para evitar casos como ocorreu em Brasília o reforço no relacionamento com os órgãos de segurança pública e de inteligência. Sendo elas:
- reforço e dobra das equipes de vigilância;
- monitoramento dos ambientes externos;
- e elevação do nível de segurança das unidades.
A Petrobras não detalhou as medidas que está tomando para se prevenir de possíveis ataques, e se limitou a declarar que mantém o procedimento padrão.
Com informações do Estadão Conteúdo