Retorno de 23,95% ao ano? Veja os investimentos que mais renderam em 2023
Mesmo com a taxa Selic alcançando o patamar de 13,75% em 2023, quem se concentrou na renda fixa tradicional “deixou dinheiro na mesa”. Um estudo da XP Investimentos mostra os ativos que mais renderam em 2023, com destaque para a renda variável global. O CDI, indexador importante para a renda fixa, foi ultrapassado por diferentes classes de fundos de investimentos.
O relatório mostra que nos últimos tempos a volatilidade afetou o apetite dos investidores, que optaram “por investimentos mais conservadores com o objetivo de se manter longe das grandes variações do mercado”.
Mas quem se diversificou teve ganhos maiores. A XP aponta que “tanto os fundos de ações Long Only quanto Long Biased fecharam no positivo em 2023 e com um dos melhores desempenhos dos últimos tempos”. Fundos de crédito privado também encerraram o ano batendo o CDI. Veja na tabela abaixo:
Neste caso, investir em apenas uma classe carrega o risco de concentração, destaca o relatório. “Ao colocar todo o capital em um único tipo ativo/classe, você se expõe às flutuações e instabilidades específicas de um mercado em especifico”.
Por outro lado, a diversificação da carteira de investimentos ajuda na diluição dos riscos oferecendo maior proteção de patrimônio. Ou seja, “apostar tudo em uma única classe pode resultar em grandes retornos, mas também em grandes perdas”, mostra o estudo da XP.
Outro aspecto ressaltado pelos analistas é a tendência de queda das taxas de juros. Esse fato “pode favorecer o desempenho para os ativos de renda variáveis locais como os fundos de ações e multimercados”.
Para 2024, o panorama de investimentos em ativos de risco é positivo, afirma gestor da AZ Quest
Em entrevista ao Suno Notícias, o gestor da AZ Quest, João Mamade, disse que o ano de 2024 começa com uma visibilidade muito melhor do que foi em 2023, “quando se iniciava um novo governo que no passado foi caracterizado por não ser tão rigoroso em controle de despesas”.
Esse cenário pode exigir que investidores precisem de tomar mais risco nos investimentos para alcançarem retornos maiores.
Além disso, o cenário externo também pode ajudar a bolsa de valores e outros fundos de investimentos, com a melhora dos indicadores de inflação em vários países, principalmente nos Estados Unidos.
“Isso deve propiciar cortes de juros sincronizados em várias regiões globais”, acredita o gestor. Esse movimento deve criar um ambiente mais favorável para investimentos em renda variável, finaliza Mamede.