Fundos imobiliários de shoppings sinalizam recuperação em 2022

Depois de dois anos difíceis para os fundos imobiliários de shoppings, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, neste começo de 2022 o setor começa a sinalizar uma recuperação e já projeta crescimento de 13,8% nas vendas do ano.

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A estimativa foi feita pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), depois de o mês de janeiro apresentar alta de 10% nas vendas dos shoppings na comparação anual, segundo o Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers. Nesse mesmo sentido, vieram os números do relatório gerencial do fundo imobiliário HSI Malls (HSML11).

“Tivemos vendas e indicadores operacionais ao final de 2021 bem próximos a 2019 e, no mês de janeiro, já ultrapassamos levemente os números de 2019 se considerarmos vendas, aluguéis e Mall & Mídia”, diz o documento.

Em janeiro, a Abrasce identificou maior avanço no volume de vendas da regiões Norte (27,1%), seguido por Sudeste (11,7%), Nordeste (8,7%), Sul (8,4%) e Centro-Oeste (5,5%). O estudo ainda apontou que o fluxo de visitantes nos centros de compras em janeiro cresceu 22,3% na comparação anual.

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Além do FII HSML11, o fundo imobiliário XP Malls (XPML11) também confirmou o resultado expressivo do setor no primeiro mês de 2022. Em seu relatório gerencial, o fundo apontou um crescimento de 34% nas vendas por m² e de 26% no resultado operacional líquido dos imóveis.

Atualmente, a carteira imobiliária do XPML11 é composta por 15 shoppings que, juntos, somam uma área bruta locável (ABL) de 142 mil m².

Consumidores gastam mais e fundos imobiliários lucram mais

“O maior nível de vendas contribui para um aluguel com percentual maior nos shoppings”, aponta a equipe de gestão do XP Malls em relatório gerencial.

A gestão do HSML11 também ponderou sobre o assunto. “O resultado do fundo apresentou crescimento relevante em janeiro, sobretudo devido ao vencimento do aluguel maior dos ativos de competência Dezembro 2021”, cita o documento.

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De acordo com o levantamento divulgado pela Abrasce, o  valor médio gasto pelos consumidores nas lojas de shoppings em janeiro de 2022 foi de R$ 130,94. Trata-se de um aumento de 16,4% frente aos R$ 112,46 de janeiro de 2021.

Outro fundo que também apresentou números melhores em janeiro foi o Vinci Shopping Centers (VISC11). As vendas do FII cresceram 40,8% no mês na comparação anual. Além disso, o resultado líquido operacional dos imóveis na carteira do VISC11 cresceu 42,3% no mesmo período.

“Os indicadores operacionais dos shoppings do portfólio apresentaram resultados favoráveis indicando de forma positiva a normalização do hábito de consumo em todas as regiões”, diz o relatório gerencial do fundo.

O presidente da Abrasce, Glauco Humai, afirmou em nota que apesar das condições macroeconômicas adversas, o setor vem mostrando uma retomada gradual de visitantes e recuperação das vendas.

“Fechamos 2021 com números promissores e iniciamos 2022 com uma boa performance. Estimamos alcançar um crescimento nas vendas de 13,8% no ano. O aumento no fluxo de visitantes nos shoppings é um sinal positivo para o começo do ano”, afirmou o executivo. E os fundos imobiliários de shoppings que o digam.

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Monique Lima

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