O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da Bolsa brasileira (B3), registrou um forte rali de alta durante todo o mês de maio. Considerando todos os pregões do período, apenas nos dias 25 e 30 foram registradas baixas no índice, e uma sessão ficou sem variação, a do dia 29.
O IFIX terminou o mês de maio com uma alta de 5,43%, aos 3.013 pontos, registrando a mínima mensal de 2.856 pontos e a máxima de 3.015 pontos. O índice teve sua maior alta mensal desde agosto de 2022, ocasião em que subiu 5,76%.
A sequência de 19 altas seguidas do IFIX foi a maior observada em cerca de 3 anos. Com o cenário mais positivo para os ativos de renda variável, os fundos imobiliários seguiram essa tendência otimista, registrando ganhos relevantes no mês.
Apesar disso, os fundos imobiliários que encabeçaram as maiores altas de maio foram os FIIs de papel. Por outro lado, alguns fundos também se destacaram pelo seu desempenho negativo no período. Confira a seguir as maiores altas e baixas do IFIX em maio.
Maiores altas de maio
- DEVA11: +39,05%
- HCTR11: +30,63%
- VSLH11: +22,91%
- BCRI11: +18,15%
- TORD11: +15,95%
Maiores quedas de maio
- RECT11: -2,71%
- ALZR11: -2,45%
- PVBI11: -2,28%
- VTLT11: -1,18%
- BTAL11: -0,79%
RECT11
O fundo imobiliário RECT11 terminou maio com uma variação negativa de 2,71%. O FII registrou uma forte alta ao longo de todo o mês, porém tombou forte nos últimos 2 pregões mensais.
No dia 30 de maio, o FII RECT11 registrou uma desvalorização de 10,88%, após estimar uma queda de 25,9% em seus dividendos a partir de maio.
A queda nos dividendos do RECT11 foi projetada em razão das mudanças na operação de securitização do saldo devedor dos CRI referente à compra a prazo do Edifício Barra da Tijuca.
O fundo realizará o pagamento de juros e atualização monetária de R$ 3,9 milhões em junho e de R$ 1,3 milhão por 12 meses, o que deve impactar negativamente seu resultado de caixa e reduzir o pagamento de seus rendimentos.
ALZR11
O fundo imobiliário ALZR11 teve altos e baixos durante o mês de maio, mas terminou com um desempenho mensal de -2,45%, cotado a R$ 110,95.
A queda diária mais relevante do mês, de 3,08%, ocorreu no dia 25 de maio de 2023, um dia após o anúncio de encerramento do período de exercício do direito de preferência dos investidores no âmbito de sua 6ª emissão de cotas.
PVBI11
Já o fundo imobiliário PVBI11 registrou uma baixa de 2,28% no mês de maio, ficando com a terceira posição entre as maiores quedas. O fundo abriu o mês em forte queda de 3,96%, no dia 2.
A partir disso, registrou um forte avanço até o dia 17, quando alcançou a cotação máxima do mês de R$ 98,20, cerca de 2,78% acima do preço de fechamento do mês anterior. Nos pregões seguintes se registrou perdas mais significativas que reverteram o desempenho mensal do FII PVBI11 para o campo negativo.
Apesar dessa queda, os dividendos do PVBI11 vêm se mantendo estáveis nos últimos cinco meses em R$ 0,61 por cota, cuja soma dos proventos em 2023 é 8,93% maior que a soma do mesmo período do ano passado (considerando os dividendos de janeiro a maio de cada ano).
VTLT11
Entre os dias 24 e 31 de maio, etapa final do mês, o fundo imobiliário VTLT11 registrou seis quedas diárias consecutivas e encerrou com desempenho mensal de -1,18%.
No mês de abril, o FII VTLT11 registrou um resultado de R$ 1,972 milhão, ou R$ 0,93 por cota, conforme destacado em seu relatório gerencial divulgado no dia 18 de maio. Com isso, o resultado do fundo teve uma queda de 2,1% em relação ao apresentado no mês anterior.
BTAL11
Os dividendos do BTAL11 se mantiveram estáveis por 13 meses consecutivos no valor de R$ 0,83 por cota. Mas os dividendos anunciados em maio, com pagamento realizado no dia 25, interromperam essa sequência, indo para o valor de R$ 0,80 por cota.
O fundo imobiliário BTAL11 teve uma baixa de 0,79% em maio, ficando com a quinta posição das maiores quedas do IFIX no mês.
Na última semana de maio, o FII registrou uma sequência negativa que impulsionou sua perda mensal e o colocou entre os fundos imobiliários do IFIX com as maiores baixas do mês.