Fundo imobiliário dispara 8,8% na Bolsa; confira os FIIs que mais subiram em agosto

O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o mês de agosto com alta de 0,49%, aos 3.212,81 pontos. No ano de 2023, o índice acumula uma performance positiva de 12,06%.

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O IFIX registra uma nova alta mensal, a quinta consecutiva, registrando a melhor sequência em 4 anos. Apesar disso, pelo 3º mês seguido, esse avanço desacelera diante da grande valorização que os fundos imobiliários já vinham registrando nos meses anteriores.

Conforme o valor de mercado dos FIIs se alinha cada vez mais aos seus valores patrimoniais, ou até mesmo para aqueles que negociam com ágio na Bolsa de Valores, os “espaços” para grandes novas altas podem ficar mais limitados, embora muitos fundos imobiliários ainda estejam descontados e com potencial de valorização.

Atualmente, a soma dos valores de mercado dos FIIs que fazem parte do IFIX acumula quase R$ 116,84 bilhões, enquanto os patrimônios líquidos desses fundos superam os R$ 126,47 bilhões, gerando um P/VP de 0,924.

O mercado de renda variável já vinha precificando os ativos diante da possibilidade do primeiro corte na taxa Selic em 1 ano.

Em agosto, o Copom do Banco Central realizou um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. Apesar da primeira queda da Selic, ela ainda se encontra em patamar elevado, mas a possibilidade de início do seu ciclo de baixa tem gerado ganhos a muitos ativos de renda variável.

Embora alguns FIIs tenham registrado fortes quedas em agosto, alguns se destacaram entre as altas. Os 5 fundos imobiliários que mais subiram no mês foram:

  • CPFF11: +8,81%
  • QAGR11: +7,19%
  • RZTR11: +5,96%
  • VGIP11: +5,31%
  • XPML11: +5,08%

CPFF11

O CPFF11 é um Fundo de Fundos (FOF), ou seja, ele investe em cotas de outros fundos imobiliários. Ele registrou uma forte valorização de 8,81% e liderou os ganhos do mês. Conforme seu último relatório gerencial, sua carteira de FIIs tem sido focada principalmente em fundos de tijolo, que a gestão considera uma classe com maior potencial de upside.

O fundo imobiliário CPFF11 vem se aproveitando da forte recuperação dos FIIs desde abril. Assim como o IFIX, esse FII registra sua 5ª alta mensal consecutiva, alcançando patamares de preço que não se viam desde outubro de 2021.

QAGR11

O fundo imobiliário QAGR11 disparou 7,19% no mês anterior, sendo o 2º maior destaque de alta entre os FIIs do IFIX. Durante o mês de agosto, o FII pagou o maior dividendo de sua história, no valor de R$ 0,52 por cota.

O QAGR11 é um FII criado no ano de 2019 e conta com cerca de 23 mil cotistas. Ele investe principalmente em imóveis de armazenagem relacionados ao agronegócio brasileiro. No ano de 2023, o fundo acumula ganhos de 29%, apesar de ter iniciado o ano com uma sequência negativa até março.

RZTR11

O fundo imobiliário RZTR11 foi outro destaque positivo do IFIX em agosto, com uma valorização de 5,96%. Nos últimos 8 meses, ele vem mantendo uma recorrência na distribuição de dividendos, no valor de R$ 0,85 por cota.

Com mais de 90 mil investidores, o RZTR11 investe principalmente em propriedades agrícolas, usando esses ativos para arrendamento ou para posterior operação de compra e venda. A gestão opta por usar 3 estratégias distintas: Sale & Leaseback, Buy to Lease e Land Equity.

VGIP11

O fundo imobiliário VGIP11 foi um dos principais destaques entre os FIIs de papel, com uma valorização de 5,31%, se recuperando da queda registrada em julho. O foco da gestão é que o FII tenha sua maior alocação possível em CRI.

Em seu último relatório gerencial, referente a julho, a gestão destacou FII VGIP11 conta com 100% do seu patrimônio líquido investido em CRI, distribuído em 48 operações distintas. Assim, o total investido era de R$ 1,195 bilhão.

XPML11

O fundo imobiliário XPML11 teve alta de 5,08% em agosto, com o terceiro avanço mensal consecutivo. Os dividendos distribuídos neste mês foram de R$ 0,84 por cota, o 4º maior valor de sua história.

No ano de 2023, os dividendos do XPML11 cresceram 18,91%, com o pagamento acumulado de R$ 6,54 por cota, enquanto em 2022 essa quantia somada era de R$ 5,50 por cota. Assim, o XP Malls ficou entre os principais destaques entre os fundos imobiliários do IFIX.

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João Vitor Jacintho

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