O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o mês de março em queda de 1,69%, aos 2.760,96 pontos, registrando o terceiro mês seguido de baixas e o quinto mês consecutivo sem ganhos.
A máxima mensal da cotação do IFIX foi registrada aos 2.824,56 pontos. Por outro lado, a mínima do mês foi de 2.732,35 pontos, o menor patamar em 12 meses.
Em março, o mercado de FIIs foi marcado pela inadimplência de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) em alguns fundos imobiliários considerados “high yield”.
O crescente número de casos de inadimplência em CRIs ocorre em meio ao cenário macroeconômico do Brasil, com a Selic alta e retorno da pressão dos índices inflacionários.
Na média, os fundos imobiliários de papel foram os que mais registraram perdas durante o último mês. Do lado positivo, o destaque ficou para o setor de shoppings centers, que na média foi um setor que teve um melhor desempenho.
Acompanhe a seguir quais foram as 5 maiores altas entre os fundos imobiliários do IFIX em março.
Maiores altas do IFIX em março
- HOFC11: +6,11%
- PVBI11: +5,12%
- XPCI11: +4,88%
- RBRY11: +3,56%
- IBCR11: +3,41%
HOFC11
O fundo imobiliário HOFC11 liderou a lista de maiores altas de março, com uma valorização de 6,11%.
No início do mês, o fundo firmou o terceiro aditamento ao contrato de locação com a Resource Tecnologia e Informática, referente ao Edifício Rachid Saliba, determinando o parcelamento para pagamento do saldo devedor em oito parcelas.
Assim, o FII recebeu o correspondente a R$ 0,15 por cota referente ao pagamento da primeira parcela da dívida, restando R$ 0,55 por cota para serem pagos conforme as novas condições colocadas.
PVBI11
Outro FII que se destacou entre as maiores altas de março foi o fundo imobiliário PVBI11, com uma valorização de 5,12%, engatando o segundo avanço mensal consecutivo.
Ao final do mês de março, o fundo manteve pela terceira vez seguida seus dividendos em R$ 0,61 por cota, que corresponde ao maior patamar de rendimentos do FII em sua história.
No ano de 2023, o FII PVBI11 acumula o pagamento de R$ 1,83 por cota em dividendos, quantia 8,93% maior que a registrada em 2022, que fora de R$ 1,68 por cota.
XPCI11
Em março deste ano, o fundo imobiliário XPCI11 pagou R$ 1,00 por cota em dividendos, o maior valor desde agosto de 2022, quando os rendimentos do FII estavam acima desse patamar.
Nos últimos 12 meses, os dividendos do XPCI11 somam R$ 11,21 por cota, perfazendo um dividend yield anual de 13,87%.
Apesar dessa alta de 4,88% em março, as cotas do XPCI11 negociam com um desconto de 11% na bolsa quando comparado ao seu valor patrimonial.
RBRY11
O fundo imobiliário RBRY11 registrou uma valorização mensal de 3,56%. Os dividendos pagos pelo FII no mês de março foram de R$ 1,20 por cota, patamar superior ao dos cinco meses anteriores.
Nos últimos 12 meses, o fundo acumula o pagamento de R$ 14,2104 por cota em rendimentos, o que representa um dividend yield de 14,97%.
Segundo seu último relatório gerencial, o rendimento do RBRY11 distribuído em março foi menor que do mês anterior, apesar de o resultado do fundo ter diminuído.
Em fevereiro, o resultado do fundo fora de R$ 6,02 milhões, enquanto no mês de janeiro foi de quase R$ 8,57 milhões.
IBCR11
O fundo imobiliário IBCR11 teve um lucro ajustado de R$ 1,06 milhão no mês de fevereiro, quantia superior a registrada em janeiro, que fora de R$ 875 mil.
Referente a esse resultado, o fundo pagou em março R$ 1,00 por cota em dividendos, o maior valor desde o provento distribuído em outubro de 2022.
Assim, o FII acabou ficando na quinta posição entre os fundos imobiliários que mais subiram no mês de março, com uma valorização de 3,41%.