Fundos imobiliários: com IFIX negativo, apenas FIIs de Varejo tiveram ganhos na semana
A semana que passou viu o mercado de fundos imobiliários operar com perdas após várias semanas de alta, em um movimento chamado de correção por alguns analistas do mercado.
O IFIX, principal índice de fundos imobiliários na B3, fechou em queda de 0,21% na semana entre os dias 10 e 14 de julho. Ainda assim, o índice apresenta ganhos de 0,91% no acumulado de julho, 11,05% no ano e 14,70% em 12 meses, mostrando o bom momento do setor.
Na última semana, o setor que apresentou melhor desempenho entre os fundos imobiliários foi o de varejo, que registrou ganhos de 1,33%. Segundo o levantamento do ITRIX, os demais setores apresentaram recuo: fundos de tijolo (-0,05%) e escritórios (-0,17%).
“Esse leve recuo do IFIX já era esperado, pois semanas consecutivas de fortes altas no índice naturalmente reduzem o número de oportunidades claras no mercado, o que leva a um cenário de estabilização de preços em todos os setores”, apontou Leonardo Garcia, analista de fundos imobiliários do Trix.
A exceção do varejo na semana é porque se trata de uma categoria com poucos fundos e, portanto, mais sensível a altas individuais. Na última semana, o Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11), fundo com bastante peso no setor, registrou 2,36% de alta, puxando o índice para o azul.
Os dados do ITRIX, índice setorial de fundos imobiliários estruturado pelo Trix, plataforma da TRX Investimentos, têm como base o desempenho de mais de 100 FIIs que fazem parte do IFIX.
Nos últimos 12 meses, os fundos de shopping acumulam ganhos de mais de 30%
No levantamento de desempenho entre julho do ano passado e deste (somando 12 meses), os fundos de shopping são os principais protagonistas entre os setores, com 30,64% de alta, o dobro do IFIX no período.
Todos os setores com fundos de tijolo superaram o índice da B3, com destaque também para os fundos que investem em imóveis para empresas varejistas, que apresentaram, na média, 26,30% de alta no período, seguido de perto por Tijolo (23,70%) e Galpões (21,51%).
Os fundos imobiliários de recebíveis foram os únicos a não ultrapassar os dois dígitos, fechando o período com 7,53%, mais de 6% abaixo do índice geral.