RBRD11, IRDM11: Veja os 5 fundos imobiliários que mais caíram no mês

Em um período positivo para os fundos imobiliários, o IFIX, principal índice de FIIs da B3, encerrou julho com um avanço de 2,51%. Alguns fundos, porém, não acompanhar a tendência altista e recuaram no mês

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A exclusão da taxação dos dividendos pagos por fundos imobiliários, no âmbito da reforma tributária, não foi o suficiente para aliviar a tensão dos investidores de alguns fundos. Verdade seja dita, o IFIX ainda cai mais de 1% desde o início de 2021.

O ciclo de alta da taxa básica de juros da economia (Selic) também deve voltar a assombrar a indústria na próxima semana, com o Copom prometendo elevá-la em ao menos 0,75 ponto percentual, para o nível de 5%.

Confira os fundos imobiliários que mais caíram em julho:

  • FII Capital Renda II (RBRD11): -6,58%
  • FII Iridium Recebiveis Imobiliarios (IRDM11): -6,36%
  • FII Santander Renda de Aluguéis (SARE11): -5,47%
  • FII Hectare (HCTR11): -4,64%
  • FII Mogno (MGFF11): -4,33%

O Suno Notícias elencou as razões que podem ter levado às variações negativas desses fundos. Vale ressaltar que esta matéria não configura uma recomendação de investimento.

Varejo em queda pesa sobre RBRD11

O RBRD11 é um fundo do tipo tijolo, voltado para propriedades comerciais do segmento de varejo. Um de seus locatários é a Ambev (ABEV3), em Uberlândia (MG).

O fundo possui quatro ativos, em três estados diferentes. Além de atuar em Minas Gerais, também opera no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte.

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A preocupação com o fundo gira em torno de sua vacância, que é de 100% em um dos prédios do Rio e de 100% em Natal. Inclusive por esta razão, o fundo distribuiu apenas R$ 0,05 por cota em julho, referente a junho.

A prospecção de potenciais locatários está sendo realizada em parceria com uma consultoria imobiliária multinacional.

RBRD11, o terceiro pior dos fundos imobiliáros em julho, nos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest
RBRD11, o terceiro pior dos fundos imobiliários em julho, nos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest

Emissão derruba IRDM11

O IRDM11, um dos principais fundos imobiliários de papel do mercado, também figurou entre as maiores baixas do mês de julho.

Uma das razões apontadas pelo mercado diz respeito ao anúncio da realização de uma oferta restrita (ICVM 476) que pode colocar cinco milhões de notas cotas no mercado, movimentando R$ 507 milhões.

O início do período de exercício do direito de preferência ocorreu no dia 23 de julho, e encerrará na próxima quarta-feira (4).

O fundo informou que as novas cotas passarão a ser negociadas livremente na B3 quanto receber a autorização da B3. Em julho, os papéis do fundo recuaram 6,36%.

IRDM11 nos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest
IRDM11 nos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest

Cotas do SARE11 se destacam negativamente entre fundos imobilários após aquisição

As cotas do SARE11, fundo do Santander (SANB11), recuaram em julho após o fundo anunciar a aquisição de um imóvel em Ribeirão das Neves (MG).

A área locável do imóvel, adquirido junto à CDTNBH Empreendimentos Imobiliários, tem 13.271 metros quadrados. Ele está 100% ocupado, com contrato na modalidade atípica e prazo de vigência até agosto de 2024.

O cap rate do imóvel é de aproximadamente 8,8%. O SARE11 pagará R$ 43,60 milhões pelo ativo. Aos cotistas, foi pago o valor de R$ 0,62 por cota em julho, referente a junho.

SARE11 esteve entre os piores fundos imobiliários do mês. Veja o desempenho dos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest
SARE11 esteve entre os piores fundos imobiliários do mês. Veja o desempenho dos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest

HCTR11 abre nova captação e ajuste derruba cota

O FII Hectare anunciou no dia 26 de julho a décima emissão de cotas com o objetivo de captar R$ 503,1 milhões em uma oferta restrita a cotistas do fundo.

A cota foi precificada a R$ 117,00, que somada aos R$ 2,00 referentes a taxas, levou ao preço de subscrição de R$ 119,00. O desconto em relação à cota negociada na bolsa ficou em cerca de 14%. O direito de preferência começa em 3 de agosto e se encerra dez dias depois, em 13 de agosto.

O FII HCTR11 é um fundo de papel com foco em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e entregou, em junho, R$ 1,70 por cota em rendimentos, rendimento (dividend yield) de 1,46%. Em seu relatório gerencial, a Hectare, gestor do fundo, informou que havia alocado 100% dos recursos da 9ª emissão de cotas em 22 CRIs, sendo 14 novos papéis e 8 aumentos de posição, e 5 FIIs, dois novos e três aumentos.

HCTR11 emissão derruba cotas no final do mês. Veja o desempenho dos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest
HCTR11 emissão derruba cotas no final do mês. Veja o desempenho dos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest

FII MGFF11 fica na quinta pior posição do IFIX

Sem grandes novidades no radar, o FII Mogno FoF escorregou para o fim da lista do IFIX e acabou figurando entre as principais baixas do mês.

O MGFF11 anunciou o pagamento de R$ 0,55 por cota para julho, rendimento de 0,71%. Negociado a R$ 76,10, o FII é vendido a 0,92% doo seu valor patrimonial, calculado a R$ 82,85 por cota.

MGFF11 nos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest
MGFF11 nos últimos seis meses. Foto/Fonte: Status Invest

Para saber mais sobre como investir em fundos imobiliários, clique aqui.

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Jader Lazarini

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