Ícone do site Suno Notícias

Fundos imobiliários: CRIs e lajes corporativas podem ficar mais atraentes; entenda

IFIX

Imóveis. Foto: Pixabay

Em junho, o mercado de fundos imobiliários foi abruptamente derrubado pela proposta de reforma do Imposto de Renda, que previa a taxação de rendimentos de FIIs. Mas a tributação acabou retirada do texto e o mercado respirou aliviado. Nesse cenário de retomada, especialistas apontam que o IFIX, principal índice de fundos imobiliários da B3, se mostra mais atrativo para o mercado e consideram um bom momento para investimentos em segmentos como os de lajes corporativas, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e renda urbana.

Gabriel Pereira, assessor especializado em Fundos Imobiliários da Acqua-Vero Investimentos, avalia: “A tese de investimento em FIIs se mantém viável observando também o prêmio de risco ao comparar o retorno desses ativos com a curva dos juros futuros. O que vemos no curto prazo, com aumento dos juros nos próximos dois anos, é algo que afeta o mercado, mas o investidor precisa estar focado no longo prazo.”

Para Pereira, os fundos de renda urbana podem ser uma excelente opção para preparar uma carteira que brilhe no segundo semestre deste ano. Cita como exemplo o FII TRXF11, fundo de tijolo que conta com mais de 80% do seu portfólio formado por espaços alugados para redes de supermercados.

“Buscamos gestoras com posição diversificada em quantidade de ativos, localização e, principalmente, que observam o risco de crédito dos locatários “, explica Pereira.

Além dos fundos de renda urbana, o especialista vê como promissores os fundos de CRIs, principalmente aqueles com exposição relacionada ao CDI. É que esses ativos devem ser beneficiados com a estabilização dos pagamentos mensais de dividendos.

“Um ativo que acompanhamos desde o início é o RZAK11, que possui mais de 50% da carteira posicionada em juros e tende a ter valorização com os dividendos pagos nos próximos meses, recomendação que também seguimos com base em estudos da Eleven”, destaca Pereira.

O assessor Maicon Melo, sócio da Online Traders, aponta que os Fundos imobiliários de lajes corporativas também devem aproveitar a retomada da economia nos próximos meses, após um longo período de incertezas causadas pela pandemia de Covid-19.

Em relação aos fundos imobiliários de lajes corporativas, Melo explica: “Esses FIIs sofreram com a vacância de escritórios, mas nas últimas semanas tivemos anúncios de empresas de grande porte, como Amazon (AMZO34) e Shopee, em retas finais para locarem grandes espaços na avenida Brigadeiro Faria Lima, zona sul de São Paulo.”

Ele acrescenta: “No segundo trimestre de 2021, constatamos pela primeira vez desde o início da pandemia saldo positivo entre áreas contratadas versus áreas devolvidas nas principais regiões de São Paulo. Temos ainda fundos abaixo de seus valores patrimoniais que seguem pagando dividendos de 6 até 8% ao ano. É um cenário interessante.”

Investir com cuidado em fundos imobiliários

Antes de qualquer investimento em ações ou fundos imobiliários é importante ressaltar que quitar as dívidas e fazer uma reserva de emergência deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado. Esta matéria não é uma recomendação de investimento.

Sair da versão mobile