Veja os 5 fundos imobiliários que mais subiram em julho; SPTW11 se destaca
Em um mês de alívio para os fundos imobiliários, o IFIX, principal índice de FIIs da B3, encerrou julho com uma alta de 2,63%. Alguns fundos, inclusive, superaram o índice e tiveram um desempenho ainda superior ao mercado.
A queda na taxação dos dividendos pagos por fundos imobiliários, no âmbito da reforma tributária, aliviou uma das principais tensões dentre os investidores da classe de ativo nos últimos meses. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a ideia foi apagada para não “destruir essa indústria”
O ciclo de alta da taxa básica de juros da economia (Selic), contudo, deve ter um novo episódio na próxima semana, com o Copom prometendo elevá-la em ao menos 0,75 ponto percentual, para o patamar de 5%.
Veja os fundos imobiliários que mais subiram em julho:
- FII SP Downtown (SPTW11): +13,95%
- FII Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11): +11,01%
- FII Mérito Desenvolvimento Imobiliario (MFII11): +9,86%
- FII XP Properties (XPPR11): +8,33%
- FII Grand Plaza Shopping (ABCP11): +7,69%
O Suno Notícias elencou os motivos que podem ter levado às variações de preços desses ativos. Vale ressaltar que esta matéria não configura uma recomendação de investimento.
SP Downtown é, novamente, o destaque dos fundos imobiliários
Acompanhando a tendência altista do mês de junho, o SPTW11 novamente liderou as altas do IFIX em julho, avançando 13,95%. O fundo que controla o Edifício Comercial Badaró, em São Paulo, vinha de quatro meses consecutivos em queda, até romper a seca no mês passado.
O imóvel do fundo continua 100% locado para a Atento, empresa líder na prestação de serviços de atendimento às relações entre companhias e seus clientes.
O pagamento de dividendos do mês, referente a junho, foi na ordem de R$ 2,52. O valor foi impactado positivamente pelo montante de R$ 3,48 milhões sobre a decisão favorável de uma ação judicial sobre a incidência do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
Hoje, o fundo negocia acima do valor patrimonial por cota, que é de R$ 52,04. O valor de mercado está em R$ 111,40 milhões.
RCRB11 se recupera de junho
As cotas do RCRB11 se recuperaram neste mês após a queda de junho. Os papéis do fundo gerido pela Rio Bravo subiram mais de 11% em julho, mostrando como o segmento de lajes corporativas está ensaiando uma recuperação.
No relatório gerencial do fundo, Anita Scal, Diretora de Investimentos Imobiliários da Rio Bravo, salientou que caso a tributação dos proventos fosse aprovada, existiriam “diversos impactos negativos na indústria de fundos imobiliários, no mercado de capitais, no mercado imobiliário e na economia real”.
Felizmente, para o indústria, a proposta parece ter empacado.
Referente a junho, o fundo distribuiu R$ 0,80 por cota, mesmo com o desempenho tendo sido na ordem de R$ 2,23 por cota.
Vale ressaltar que o resultado não contemplou a receita potencial do Edifício Alameda Santos 1800, ainda em fase de retrofit e estimada em um valor entre R$ 0,15 e R$ 0,22 por cota.
Venda do MFII11 impulsiona resultado
As cotas do MFII11 se recuperaram em julho. Conforme apresentado no gráfico abaixo, os últimos 180 dias do fundo foram complicados para o ativo, mas a tendência se inverteu no início do mês.
A Planner Corretora, administradora do fundo, informou que o MFII11 vendeu sua participação em alguns projetos imobiliários já performados e desenvolvidos.
O fundo recebeu R$ 50,32 milhões sobre um investimento de R$ 25 milhões três anos atrás. Trata-se de uma operação com retorno de 101,3%, o que perfaz uma distribuição de R$ 6,37 por cota.
Entretanto, a distribuição do mês de junho, realizada em julho, ainda foi abaixo desse valor. Foram pagos R$ 0,92 por cota, acumulando o pagamento de R$ 5,73 em 2021. O fundo está sendo negociado abaixo de seu valor patrimonial.
XPPR11 surfa momento positivo
O XP Properties também aproveitou o momento mais positivo para os fundos imobiliários e registrou ganhos de 8,33% no mês. O fundo reduziu parte de sua alta vacância — que iniciou o mês a 47% — com o aluguel de quatro conjuntos no Edifício Itower em Barueri (SP).
O contrato deverá trazer cerca de R$ 0,3194 por cota em aluguel e representa uma redução de 2,5 pontos percentuais na vacância do XPPR11.
A locação foi fechada com a empresa de solução em nuvem Telefônica Cloud e Tecnologia do Brasil por 60 meses.
Em agosto, o FII XPPR11 deverá distribuir R$ 0,55/cota em rendimento aos investidores.
Reabertura também combina com shopping center de fundos imobiliários
O quinto e último FII da lista também foi beneficiado pela reabertura econômica. Trata-se do ABCP11, que administra o Grand Plaza Shopping, localizado no ABC paulista.
A reabertura econômica, junto à demanda reprimida gerada pela pandemia, faz com que o movimento dos estabelecimentos comerciais no Brasil comecem a observar uma forte retomada. Shopping centers, inclusive, são vistos como lugar de lazer no Brasil, e não somente para compras.
a distribuição de rendimentos de julho, realizada em julho, ficou na ordem de R$ 0,51 por cota, o maior valor desde janeiro. O fundo ainda negocia a 84% do seu valor patrimonial, com uma queda de 19,07% nos últimos 12 meses.
Em julho, a alta foi de 7%.
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