O fundo imobiliário Cyrela Crédito (CYCR11) está realizando a sua terceira emissão de cotas e busca uma captação de R$ 200 milhões. A operação representa uma virada para o FII, que pela primeira vez após a sua abertura de capital na Bolsa, realiza uma oferta pública para investidores em geral.
Lançado no final de 2021, o FII CYCR11 nasceu em uma oferta inicial restrita, na qual somente investidores qualificados, com mais de R$ 1 milhão em ativos na bolsa de valores, podiam comprar e vender as cotas. Depois disso, o fundo ainda passou por outra emissão de cotas restrita, finalizada em janeiro deste ano.
Porém, agora, o Cyrela Crédito pretende emitir 2 milhões de novas cotas por meio de uma oferta pública e abrir a negociação do fundo para os investidores de varejo e, consequentemente, aumentar o leque de liquidez no mercado secundário.
Atualmente, o CYCR11 conta com 258 cotistas e 639.139 cotas disponíveis na Bolsa. O patrimônio líquido do FII está avaliado em R$ 61,04 milhões, com um portfólio composto por títulos de renda fixa atrelados ao mercado mobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
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Impulsionado pelo momento de alta da renda fixa, devido a inflação e os juros estarem em dois dígitos, os pagamentos de dividendos do “fundo de papel” da Cyrela tem superado a marca de 1% de dividend yield ao mês desde a sua estreia.
No mês de abril, o Cyrela Crédito pagou aos seus cotistas um valor de R$ 1,35 de dividendo, equivalente a 1,36% de DY. O valor representou uma alta de R$ 0,20 frente aos pagamentos dos três meses anteriores, que foram de R$ 1,15. Nos últimos seis meses, o DY médio foi de R$ 1,34.
Oferta pública do CYCR11
A gestão do CYCR11 prosseguiu com a emissão de cotas por ser um movimento estratégico importante para o fundo. A abertura de negociação no mercado secundário ajuda os papéis a terem mais liquidez e possibilita novos movimentos de compra de títulos, expansão do do fundo e crescimento do portfólio.
Segundo o prospecto, o Cyrela Crédito busca uma alocação de recursos diversificada com a captação dessa emissão. A composição esperada é de:
- 21% corporativo
- 32% giro de estoque
- 32% financiamento a obras
- 9% pulverizado
- 5% equity
Além disso, 95% da exposição do crédito é no indexador de inflação IPCA, que já acumula 12% de alta nos últimos 12 meses, segundo a última divulgação do IBGE, feita neste mês de maio.
O período de preferência para os atuais cotistas do CYCR11 se encerra em 26 de maio. Já o período para aportes do público em geral acaba em 31 de maio. Além do lote inicial de 2 milhões de novas cotas, o FII também poderá acionar 20% de lote adicional, equivalente a 400 mil novas cotas.