Fundos de investimentos sofrem em novembro, mas alguns setores “salvam o mês”; conheça
Os dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que os fundos de investimentos registraram um resgate líquido de R$ 26,6 bilhões em novembro, com destaque para os fundos multimercados, que perderam R$ 24,3 bilhões. Neste cenário, alguns segmentos, como FIDCs, fundos de previdência e FIPs conseguiram atrair novos aportes, ajudando a minimizar a impactante debandada de recursos.
Os fundos de renda fixa, apesar dos resgates de R$ 4,7 bilhões, ainda permanecem como uma das opções procuradas pelos investidores, especialmente com a alta nos juros.
Já os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), registraram aportes de R$ 116,7, e os Fundos de Investimento em Participações (FIPs), que receberam R$ 30,7 bilhões, demonstraram um desempenho positivo ao longo do mês. Além desses, os fundos de previdência também registraram um aporte significativo de R$ 30,4 bilhões.
A realidade dos multimercados é reflexo de um descontentamento geral entre os investidores, que têm buscado alternativas que ofereçam rendimento adequado e maior segurança.
Fundos FIDCs e FIPs: como funcionam?
Os FIDCs e os FIPs são alternativas de investimento que oferecem oportunidades diversificadas.
Os FIDCs investem em direitos creditórios, que incluem cheques, faturas e duplicatas, permitindo a securitização de dívidas que empresas têm a receber. Eles podem ser abertos, com maior flexibilidade e liquidez, ou fechados, que exigem um prazo fixo para resgates.
Por sua vez, os FIPs são voltados para a aquisição de participações em empresas, tanto de capital aberto quanto fechado. Esses fundos podem ser classificados em categorias como capital semente, empresas emergentes e infraestrutura.
A estrutura dos FIPs permite que os investidores participem ativamente na gestão das empresas, envolvendo-se na definição de estratégias e na tomada de decisões.
Os FIDs e FIPs têm perfis de risco distintos, com os FIPs sendo direcionados a investidores qualificados devido à complexidade e ao potencial de longo prazo dos investimentos.
Fundos de previdência: veja alguns que batem seus benchmarks
Os fundos de previdência privada são alternativas de investimento voltadas para a construção de um patrimônio com foco no longo prazo, especialmente com o objetivo de complementar a aposentadoria pública.
Por isso, escolher fundos que batem seus benchmarks, seja o CDI ou o desempenho do Ibovespa, é fundamental.
Para citar alguns exemplos atuais do mercado, o Clave Multi Credit Prev Fife I FIM CP, gerido pela Clave Capital, tem um retorno de 20,16% desde seu início em junho de 2023. Desde então, o CDI performou 16,93%. Esse fundo investe em ativos de crédito high grade.
O AZ Quest Luce Advisory Prev XP Seguros FI RF CP, da AZ Quest, traz um retorno desde 2019, de 59,22%. No mesmo período, o CDI alcançou a marca de 50,11%.
Neste caso, o retorno acima do CDI é fundamental para o investidor escolher os melhores fundos de previdência privada, sempre de olho no histórico da gestora.
Para os fundos que investem na bolsa de valores, o Suno Prev FIC, da Suno Asset, também tem entregado retornos acima do Ibovespa. Desde 2022, seu desempenho acumulado é de 22,5%, enquanto o Ibovespa alcançou 13,5%.