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Captação líquida de fundos de investimento segue crescendo no Brasil; vale a pena investir?

Fundos de investimento

Fundos de investimento. Foto: Freepik.

Os fundos de investimento seguem atraindo investidores brasileiros. Essa classe de ativos acumulou uma captação líquida de R$ 245,3 bilhões de janeiro a outubro de 2024, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). 

De acordo com o levantamento, o montante representa o segundo melhor resultado dos últimos cinco anos para os dez primeiros meses do ano, atrás somente de 2021. Na ocasião, os fundos de investimento captaram R$ 427,5 bilhões entre janeiro e outubro. 

O destaque positivo neste período está atrelado à renda fixa, em meio ao início do ciclo de alta da taxa Selic. Segundo a Anima, os fundos de investimento de renda fixa registraram uma entrada líquida de R$ 312,4 bilhões nos dez primeiros meses do ano, em relação a um resgate de R$ 41,5 bilhões no mesmo período de 2023.

Somente os fundos de crédito privado, foram responsáveis por R$ 292,5 bilhões em investimentos até agosto deste ano.

Já na renda variável, os fundos de ações também reverteram o cenário de R$ 26,7 bilhões em saques, apresentado entre janeiro e outubro de 2023, para um saldo positivo de R$ 379 milhões em aportes neste ano. 

Vale a pena investir em fundos de investimento?

De modo geral, investir em fundos pode trazer diversas vantagens aos investidores, como o acesso à gestão profissional, feita por profissionais que monitoram o mercado e tomam decisões estratégicas. Além disso, os fundos permitem diversificação com menor custo, reduzindo riscos por meio do investimento em diferentes ativos, o que é essencial para quem busca mais segurança.

Outra vantagem é a acessibilidade, já que muitos fundos exigem aportes iniciais baixos, permitindo acesso a mercados como crédito privado e internacionais.

Em meio a um cenário de juros elevados, esses fundos podem ser estratégicos para que os investidores tenham acesso a títulos que se beneficiam da alta da Selic. Esse é o caso, por exemplo, dos fundos de crédito privado.

“Em cenário de juros mais altos como o que estamos vivendo agora, a atratividade dos fundos de crédito privado acaba ficando maior dado o retorno nominal que pode ser obtido pelos investidores com menor volatilidade”, explicam Mariano Andrade e Henrique Benzecry, gestores de crédito da Clave Capital.

Dentro deste contexto, o Multi Credit, fundo de crédito high grade gerido pela Clave, acumula uma variação positiva de 24,55% nos últimos 12 meses, acima do CDI em 20,77%. 

Além disso, o cenário também é atrativo para ETFs de renda fixa, por exemplo. Esses papéis, de modo geral, acompanham a variação de índices que podem ser compostos por títulos públicos ou privados. Com isso, é possível investir em fundos que acompanham a performance de títulos atrelados à Selic. 

Esse é o caso do LFTS11, fundo de renda fixa da Investo que reflete o desempenho de títulos públicos pós fixados ligados a Selic. Neste ano, o fundo apresenta uma variação positiva de 9,71%, bastante superior ao Ibovespa, que opera no campo negativo no acumulado do ano.

Vale ressaltar que esta matéria não representa uma recomendação de compra ou venda de fundos de investimento.

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