Fundos de investimento: captação líquida cresce 120% no 1T21, diz Anbima

A captação líquida acumulada dos fundos de investimento no primeiro trimestre deste ano atingiu R$ 83,8 bilhões no Brasil, um crescimento de 119,9% sobre o mesmo período de 2020. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o patrimônio líquido total da categoria de investimentos somou R$ 6,3 trilhões.

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O maior demanda pelos fundos de investimento também fez com que o número de casas no País aumentasse 14,6% de março de 2020 para março deste ano, chegando a 22.871 fundos. Além disso, o número de gestores certificados pela Anbima passou de 660 para 722 no mesmo período. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (9).

O número de contas também teve um forte desempenho. Na comparação anualizada, o número saltou de 22,71 milhões para 26,65 milhões. Em janeiro de 2019, este número era de 16,04 milhões — ou seja, um crescimento de 66% em pouco mais de dois anos.

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Até fevereiro deste ano, a divisão do número de contas dentro das categorias de fundos estava dividida da seguinte forma:

  • Renda Fixa (38%)
  • Ações (24%)
  • Multimercado (17%)
  • Fundos de Fundos Imobiliários (17%)
  • Previdência (2%)
  • Outros (2%)

Do total captado pelos fundos durante os três primeiros meses do ano, R$ 61,4 bilhões (ou 73,26%) foram destinados para investimentos em renda fixa, acompanhando o início do ciclo de alta da taxa básica de juros da economia (Selic). Os fundos de ações tiveram uma saída líquida de R$ 11,2 bilhões, mas contaram com a amortização de um fundo de pensão no valor de R$ 43,9 bilhões.

Pessoas físicas voltam a engordar fundos de investimento

Segundo a divulgação da Anbima, o varejo teve um forte avanço sobre o total captado no primeiro trimestre, e levou R$ 22,8 bilhões aos fundos de investimento até março. No ano passado, o montante de aportes realizados por pessoas físicas havia sido de R$ 8,8 bilhões.

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O Poder Público contribuiu com a maior fatia, sendo o responsável pela captação de R$ 36 bilhões. Os investimentos de Private somaram R$ 9,4 bilhões, enquanto o Corporate trouxe R$ 7,9 bilhões.

No que se refere à rentabilidade dos fundos elencados pela Anbima, a categoria que mais se destacou foi o de investimentos no exterior, com uma rentabilidade média de 2,6% até o fim de março. Os fundos de small caps também terminaram no azul, enquanto o Ibovespa caía 2% no período.

O crescente número de investidores em fundos de investimento acompanha a disparada de CPFs na Bolsa de Valores de São Paulo. Segundo a B3, o número de contas chegou a pouco mais de 3,5 milhões no fim do mês passado, mesmo com o índice de referência andando de lado no primeiro trimestre.

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Jader Lazarini

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