A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) divulgou nesta quinta-feira (04) que os fundos de ações captaram R$ 23,5 bilhões em investimentos no primeiro semestre de 2019.
Conforme as informações publicadas pela Anbima, o montante registrado nos seis primeiros meses de 2019 representa 82% do valor total investido em fundos de ações nos dois semestres de 2018. No último ano, foram captados R$ 28,7 bilhões.
Através dos fundos, a indústria brasileira captou R$ 130,8 bilhões neste semestre. No primeiro semestre do 2018, o valor obtido por meio desse investimento foi 187% menor.
Por outro lado, a Anbima ressaltou que as ações apresentaram majoritariamente o melhor resultado nos últimos meses.
“A confiança dos agentes econômicos em relação à reforma da previdência e à confirmação das apostas de redução na taxa Selic ainda este ano impulsionaram a rentabilidade dos ativos, em especial os de renda fixa de longo prazo e os de renda variável”, informou a associação no relatório.
Captação por classe
Os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (Fidc) registraram um valor total de R$ 54,1 bilhões no período.
A classe de multimercados obteve R$ 2,4 bilhões somente no mês de junho. No decorrer do ano, esses fundos líquidos registraram R$ 17,6 bilhões, valor inferior ao registrado no mesmo período de 2018. Nos primeiros seis meses do último ano, o valor obtido foi de R$ 33,8 bilhões.
As carteiras de previdência encerraram o semestre com R$ 15,3 bilhões. Desse total, R$ 3,8 bilhões foram captados no mês de junho. Além disso, a renda fixa obteve R$ 5,4 bilhões em junho e R$ 13,4 bilhões nos seis meses iniciais de 2019.
Projeção do PIB reduzida pela Anbima
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) cortou as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019 e 2020.
Saiba mais: Anbima reduz projeção para PIB de 2019 sem descartar novos cortes
Em dezembro do ano passado, a associação previa um crescimento de 2,8%. No entanto, a previsão de crescimento do PIB em 2019 de passou de 2%, indicado no início do ano, para 1,5% estimado em maio.
A Anbima também cortou a previsão do PIB para 2020, que passou de um crescimento de 3% para 2,5%.