De acordos com dados divulgados nesta terça-feira (8) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o total líquido captado na indústria de fundos foi de R$ 42,2 bilhões em maio desse ano.
Além disso, em maio todas as classes de fundos terminaram o mês no azul, algo que não acontecia há cerca de 17 anos. A captação positiva é resultado de R$ 757,3 bilhões de aportes e de R$ 714,6 bilhões de saques durante o quinto mês do ano, conforme mostram os dados da Anbima
Os fundos de renda fixa finalizaram o mês passado com saldo líquido positivo em R$ 24,8 bilhões. O montante representa a segunda maior captação desse ano, já que em janeiro essa classe de fundos havia captado R$ 30,2 bilhões.
Fundos de ações captaram R$ 6 bilhões
Por sua vez, os fundos multimercados terminaram o mês de maio com saldo líquido de R$ 7,1 bilhões, ao mesmo tempo em que a classe de ações captou R$ 6 bilhões. Tanto na classe de multimercados, como na classe de ações, os fundos do tipo investimento no exterior tiveram a maior captação durante o mês passado.
Frente a isso, o diretor da Anbima, Pedro Rudge, destaca em nota que “há um apetite crescente dos investidores por produtos com maior exposição internacional. Esse movimento já acontecia em 2020, mas foi impactado negativamente pelo começo da pandemia. Neste ano, essa tendência voltou e se acentuou. É mais um passo em direção da diversificação, com um leque de opções de ativos e setores que não estão disponíveis no Brasil”.
Além disso, os a classe de previdência captou R$ 443,7 milhões em maio. Vale destacar que nos últimos 12 meses, foram criados mais de 600 fundos dessa classe e assim, Rudge explica que “com a pandemia, os investidores passaram a ser preocupar mais com o longo prazo. O aumento de fundos de previdência está diretamente relacionado com a demanda”.