Em nova carta aos cotistas, o Fundo Verde, de Luis Stuhlberger, destacou que “o preço mais importante do mercado global, na grande maioria do tempo, é a taxa de juro do dólar“.
A carta revela que o Fundo Verde optou por “reduzir risco na alocação vendida no Dólar contra o Real”.
“É a partir dele [dólar] que praticamente todos os outros são derivados. Todas as taxas de desconto, ou custo de capital, ou qualquer outra forma de se descontar fluxo de caixa, das mais simples às mais sofisticadas ou esotéricas, em última instância dependem de qual é a taxa de juro da moeda mais importante. Essa lógica explica em grande medida o mês de setembro nos mercados: este tal preço mais importante do mundo subiu, e muito”, diz a carta do fundo de Stuhlberger.
Apesar da alta contínua dos juros há meses, os gestores ressaltam que tocam nesse assunto agora já que consideram que somente agora as taxas de longo prazo subiram de maneira significativa.
A casa observa que a taxa de juros de dez anos nos EUA subiu 46bps ao longo de setembro, estendendo um movimento que começou em maio e já soma +115bps em cinco meses, e ainda nos primeiros dias de outubro esta taxa subiu outros +20bps.
“E justamente aí temos o grande problema com que todos os ativos (e gestores por consequência) estão se deparando: a taxa de desconto base de tudo subiu, e rápido, impactando todas as classes de ativo e forçando reavaliações de cenário e portfólio”, destacou o Verde.
Ainda no mercado de moedas, o fundo ressaltou que mantém posição comprada na Rúpia Indiana contra o Renminbi Chinês e no Peso Mexicano contra o Euro.
Em termos de rendimento, o Verde teve uma valorização de 0,85% em setembro, ante 0,97% do CDI. No acumulado de 2023, o fundo sobe 8,17% ante 9,93% do respectivo benchmark.
Cotação do dólar
O dólar sobe 3,27% no acumulado dos últimos 30 dias, a atuais R$ 5,15. Desde o início do, a moeda americana soma um recuo de 3,63%. Nesta segunda (9), o dólar terminou fechado a R$ 5,1300, em baixa de 0,62%.
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