A Lumina fez a aquisição da fatia que era detida pelo Credit Suisse na Verde Asset, notória pelo Fundo Verde, gerido por Luis Stuhlberger, que é sócio, CEO e CIO da gestora de recursos.
Os valores da compra da fatia na gestora do Fundo Verde pela Lumina não foram divulgados.
A participação societária do Credit Suisse na Verde Asset era de 25%.
“A transação junta dois dos mais respeitados times de gestão do país, complementares em suas expertises macro, ações, crédito estruturado e special situations na América Latina. Com isso, a Verde visa aprofundar e expandir suas estratégias de investimento e produtos”, diz o comunicado da gestora de Stuhlberger.
A compra ocorre meses após o Credit Suisse se aprofundar em uma intensa crise e ser comprado por um de seus principais concorrentes, o UBS.
“UBS Global Wealth Management manterá seu relacionamento histórico e de sucesso com a Verde Asset Management, oferecendo os fundos da Verde aos seus clientes brasileiros”, diz o comunicado da Verde.
Atualmente a Verde tem um perfil “complementar” com a gestora. A casa é voltada para crédito e operações estruturadas, ao passo que a gestora é conhecida por estratégias macro em seus fundos – dos quais o mais famoso é um multimercado, justamente o Fundo Verde.
Fundo Verde reduz posição de venda do dólar ante o real; entenda
Em carta aos cotistas no início de outubro, o Fundo Verde, de Luis Stuhlberger, destacou que “o preço mais importante do mercado global, na grande maioria do tempo, é a taxa de juro do dólar“.
A carta revela que o Fundo Verde optou por “reduzir risco na alocação vendida no Dólar contra o Real”.
“É a partir dele [dólar] que praticamente todos os outros são derivados. Todas as taxas de desconto, ou custo de capital, ou qualquer outra forma de se descontar fluxo de caixa, das mais simples às mais sofisticadas ou esotéricas, em última instância dependem de qual é a taxa de juro da moeda mais importante. Essa lógica explica em grande medida o mês de setembro nos mercados: este tal preço mais importante do mundo subiu, e muito”, diz a carta do fundo de Stuhlberger.
Apesar da alta contínua dos juros há meses, os gestores ressaltam que tocam nesse assunto agora já que consideram que somente agora as taxas de longo prazo subiram de maneira significativa.
A casa observa que a taxa de juros de dez anos nos EUA subiu 46bps ao longo de setembro, estendendo um movimento que começou em maio e já soma +115bps em cinco meses, e ainda nos primeiros dias de outubro esta taxa subiu outros +20bps.
“E justamente aí temos o grande problema com que todos os ativos (e gestores por consequência) estão se deparando: a taxa de desconto base de tudo subiu, e rápido, impactando todas as classes de ativo e forçando reavaliações de cenário e portfólio”, destacou o Verde.
Ainda no mercado de moedas, o fundo ressaltou que mantém posição comprada na Rúpia Indiana contra o Renminbi Chinês e no Peso Mexicano contra o Euro.
Em termos de rendimento, o Fundo Verde teve uma valorização de 0,85% em setembro, ante 0,97% do CDI. No acumulado de 2023, o fundo sobe 8,17% ante 9,93% do respectivo benchmark.
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