Em nova carta, o Fundo Verde estimou que os ganhos da bolsa brasileira, que entrou em bull market recentemente, devem seguir pelos próximos meses.
Em carta aos cotistas, o Fundo Verde, gerido por Luis Stuhlberger, destacou que existem “contornos estão bem estabelecidos” para o início da queda da Selic.
No último mês, em maio, o fundo ficou atrás do CDI – seu benchmark enquanto fundo multimercado – vindo de uma sucessão de meses de maior receio com o cenário de equities no Brasil, citando até mesmo um credit crunch em uma das cartas.
Agora, o fundo tem cerca de 20% de exposição na bolsa local, sendo o principal driver de ganhos em maio.
Segundo a gestão, o fundo teve em maio ganhos nas posições ações no Brasil e em operações de juros nos EUA. As perdas vieram do hedge em inflação implícita no Brasil, das posições de commodities, juros na Europa e inflação americana
“Em maio vimos o Ibovespa subir 3.74%, e continuar em junho, acumulando alta de 8.02% nos seis primeiros pregões do mês. Acreditamos que as ações têm espaço para continuar performando bem, e o fundo tem mantido em torno de 20% alocado ao mercado local”, diz o relatório de gestão.
“O fundo mantém pequena exposição comprada em bolsa global, além da alocação no mercado brasileiro. A posição comprada em inflação implícita no Brasil foi mantida. Estamos tomados em juros na parte curta da curva e comprados em inflação nos EUA, e tomados no Japão. A posição em ouro foi mantida, e assim como a pequena alocação em petróleo. As posições em crédito high yield global foram marginalmente aumentadas e aquelas em crédito local foram mantidas”, completa.
Fundo Verde mostra ‘onda de otimismo’
Em eu evento para investidores, membros da Asset destacaram um otimismo nas perspectivas atuais. “Não é sempre que estou nesse estado de espírito”, disse Daniel Leichsenring ao Brazil Journal recentemente.
“O arcabouço não resolve o problema do endividamento, mas equaciona boa parte dele,” disse.
Segundo Leichsenring , do Fundo Verde, o limite para crescimento do gasto público foi uma “surpresa positiva, que tira um risco importante do radar. Isso permite que a economia sinta os efeitos positivos das reformas quando as condições externas melhorarem”.
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