SNME11: fundo imobiliário multiestratégia reforça tese em FIIs descontados

O fundo imobiliário SNME11 encerrou fevereiro com movimentações estratégicas relevantes no portfólio, com a alocação de aproximadamente R$ 1,2 milhão em ativos com desconto no mercado secundário. Segundo a gestão, a tese por trás das aquisições reforça o compromisso com ganhos de capital no médio prazo, em paralelo à manutenção da previsibilidade de rendimentos.

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Entre os fundos adquiridos estão BTHF11, ITRI11 e RELG11, ativos que, na visão da equipe gestora, apresentam distorções relevantes entre preço de mercado e valor dos imóveis em carteira. O investimento em RELG11, inclusive, já havia sido defendido em relatórios anteriores como uma oportunidade de reprecificação futura.

No mesmo mês, o SNME11 distribuiu R$ 0,11 por cota, com dividend yield de 1,25%, considerando o preço de fechamento de R$ 8,80 em 28/02.

O resultado contábil foi de R$ 778 mil, com um resultado distribuível de R$ 0,105 por cota. A reserva acumulada segue reforçada, com R$ 0,0555 por cota, oferecendo margem para amortecer volatilidades futuras.

Fundo imobiliário SNME11: performance consistente mesmo com juros elevados

Apesar da elevação na taxa dos títulos públicos IPCA+ 2035, o fundo teve variação positiva de 1,15% no mercado secundário, com retorno total de 2,41% em fevereiro, ao se considerar os dividendos pagos. A cota patrimonial encerrou o mês em R$ 9,14, enquanto a de mercado foi de R$ 8,80. O volume médio diário de negociações ficou em R$ 43 mil.

Na comparação com outros benchmarks, o retorno patrimonial do SNME11 foi de 1,42%, abaixo do índice IPCA + Yield IMA-B, que atingiu 1,86% no mês. Já o alfa acumulado frente ao IFIX permanece sólido, em 15,18% desde o início do fundo — sinalizando uma estratégia defensiva e descorrelacionada em relação ao principal índice de FIIs da B3.

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Alocação segue diversificada com foco em crédito

A carteira do SNME11 permanece majoritariamente alocada em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que representam 57,95% do patrimônio líquido. Desse total, 28,24% estão atrelados ao CDI (com taxa média de 6,46% ao ano), 25,57% ao IPCA (12,47% ao ano) e 4,13% ao INCC (11,50% ao ano).

A exposição a cotas de outros FIIs somou 37,4% do portfólio ao final de fevereiro, enquanto a estratégia de ações permaneceu com 2,91% de participação. A carteira de crédito do SNME11 manteve-se estável no período, sem novas movimentações relevantes.

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Vinícius Alves

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