O fundo imobiliário BCFF11 divulgou um lucro de R$ 12,798 milhões no mês de outubro, o que corresponde a uma queda de 9,26% na comparação com setembro, quando foi anunciado um resultado de R$ 14,104 milhões.
Mesmo com essa queda no lucro de outubro, a gestão está mantendo o nível recorrente de distribuição de rendimentos do BCFF11, que é de R$ 0,56 por cota.
Essa quantia equivale a um dividend yield de 9,8% ao ano sobre o preço da cota de encerramento mensal. Considerando os dividendos e as mudanças no valor da cota, o BCFF11 conseguiu um retorno total de 12,9% neste ano. Já o IFIX teve um retorno de 10,1% no mesmo período.
O faturamento mensal caiu para R$ 15,023 milhões, já as despesas do FII foram de R$ 2,225 milhões em outubro.
A reserva distribuível do FII BCFF11 até o final de outubro foi de R$ 38,1 milhões, somando tanto as gerenciais quanto as de contingência, o que representa R$ 1,51 por cota antes do desdobramento feito na proporção de 1:8.
O que impactou o resultado do BCFF11?
Em outubro, o resultado foi de R$ 0,54 por cota, impactado pela diminuição nos rendimentos de FIIs de CRIs. Porém, também se registrou uma elevação nos valores de rendimentos de CRIs que foram diretamente aplicados pelo FII.
Em relação aos CRIs, destaque para o CRI Martin Brower, com uma operação que está ancorada pelo fundo imobiliário BCFF11. O papel em questão foi o que gerou o financiamento da aquisição de um galpão localizado em Guarulhos (SP) e do seu projeto de expansão.
Além disso, o galpão está alugado por meio de um contrato atípico, enquanto as especificações do imóvel são AAA. Esse CRI possui uma rentabilidade anual correspondente a IPCA + 9,05%, além de um LTV de 65%.
Um dos pontos relevantes do mês e que foram destacados pela gestão foi o terceiro ganho de capital positivo seguido, obtido com a venda de cotas de FIIs no mercado secundário, correspondente a R$ 0,03 por cota na distribuição de dividendos do BCFF11.
“O Fundo adotou uma estratégia de fortalecer o resultado recorrente do seu portfólio nos últimos meses, mas sem abrir mão de posições com alto potencial de destrava de valor”, afirmou a gestora em relatório.
No intervalo de um ano, o BCFF11 adquiriu 7 FOFs em sua carteira. Esses FIIs, segundo a gestão, estavam negociando com desconto patrimonial. Além disso, a expectativa é de que os FOFs sejam “uma das primeiras classes de ativos a recuperarem valor com a melhora do cenário econômico, sendo que atualmente essas posições já contam com resultado positivo no fundo”.