Os funcionários da unidade Renault em São José dos Pinhais (PR) aprovaram nesta terça-feira (11) o acordo firmado com a empresa junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e encerraram a greve iniciada em 22 de julho.
A paralisação realizada pelos trabalhadores ocorreu após anunciadas 747 demissões pela montadora francesa no dia anterior. Os trabalhadores começaram, então, uma negociação com a Renault e depois de três semanas votaram pela suspensão da greve. Com isso, a produção na planta deverá ser retomada na quinta-feira (13).
Dessa forma, no lugar das dispensas foi aberto um programa de demissões voluntárias (PDV) e aqueles que foram demitidos poderão aderir ao programa, com alguns benefícios financeiros. Esses funcionários ainda poderão retornar ao ofício caso haja outros candidatos ao PDV, que estará aberto até a próxima semana, no dia 20.
Até a conclusão do programa instaurado pela fabricante, os funcionários dispensados deverão permanecer em casa, visto que a companhia eliminou um turno de trabalho.
Renault ainda poderá usar sistema de layoff
Para o caso de o número de voluntários para o programa não atingir o excedente de pessoal, a Renault deverá usar o sistema “layoff”, de suspensão temporária dos contratos de trabalho, por cinco meses. A companhia conseguiu com o acordo uma flexibilização nos contratos através de um novo acordo coletivo até 2023.
Segundo a montadora, durante o layoff, os trabalhadores terão auxílio compensatório mensal previsto em lei e pago pelo Governo do Estado do Paraná, assim como compensação adicional da empresa com limite de até 85% do salário líquido.
Com isso, ao final do período determinado para o sistema, a Renault informou que “não havendo a possibilidade de realocação das pessoas na fabricação, Renault e Sindicato se comprometem a reunir-se para avaliar as alternativas”.