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Funcionários do Banco do Brasil (BBAS3) iniciam greve de 24h a partir desta quarta-feira

Funcionários do Banco do Brasil voltam a realizar greve nesta quarta

Funcionários do Banco do Brasil voltam a realizar greve nesta quarta

O sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região confirmou uma greve com duração de 24 horas de funcionários do BB planejada para esta quarta-feira, 10. A paralisação é contra a execução do plano de cortes de custos do Banco do Brasil (BBAS3), que prevê o fechamento de 112 agências e o desligamento de 5 mil funcionários durante o primeiro semestre deste ano.

Segundo João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CNBB), o movimento de greve tem boa adesão até o momento, principalmente na cidade de São Paulo nos agrupamentos de caixa.

A greve dos funcionários do Banco do Brasil foi acordada durante assembleia virtual do sindicato e contou com a adesão de 87% dos trabalhadores, informa o sindicato.

Diante da importância do banco no Brasil, o esperado pelas lideranças é que a paralisação nacional possa causar “algum problema de recurso e numerário nas agências ou nos bancos privados também”.

A instituição também informa que a dirigente sindical e bancária do BB, Adriana Ferreira, afirmou que os funcionários da instituição “exigem negociação e transparência” e que os bancários “não irão aceitar passivamente este desmantelamento do Banco do Brasil”, se referindo ao processo de reestruturação da instituição.

Funcionários do Banco do Brasil estão em “estado de greve”

A paralisação desta quarta é apenas mais uma no calendário de greves do Banco do Brasil. Segundo Fukunaga, houve a promulgação de um “estado de greve”, o que dá aval para novas paralisações sem a necessidade de convocação de assembleias.

Em janeiro, os bancários do Banco do Brasil realizaram atos nacionais no dia 15 e 21 de janeiro. Em 29 do mesmo mês, foi realizada uma paralisação de 24 horas. Também houve mobilizações nas redes todos estes dias.

A nova agenda de greve do Banco do Brasil seria, de acordo com Fukunaga, contra a “política direcionada do atual governo” de dar prioridade aos bancos privados. “Está havendo uma desregulamentação do sistema financeiro, principalmente privilegiando os bancos de investimento”, afirma.

“Estamos fazendo os atos porque há a falta dessa negociação”, afirma Fukunaga. “Tivemos uma mesa de mediação de três meses com o Ministério Público, exatamente por falta de negociação. Mas ontem teve a última mediação. Nós encerramos a mediação porque o banco não avançou nas discussões conosco”, conta o dirigente.

Apesar da decisão do sindicato, Fukunaga afirma que “estamos abertos à negociação”. Na nota de pronunciamento, a assessoria do Banco do Brasil disse que as medidas adotadas são parte de um “conjunto de ações que buscam adequar a rede de agências ao aumento do comportamento digital de seus clientes e à necessidade de ampliar o atendimento especializado, especialmente o voltado ao agronegócios”.

Ainda no começo do ato, o diretor de empréstimos e financiamentos do Banco do Brasil, Marco Túlio de Oliveira Mendonça, afirmou que ainda não tem uma visão nacional da adesão à greve, e que o banco não tem falado muito sobre o tema, mas “temos mais reforçado um posicionamento em relação às medidas de reorganização”.

(Com Estadão Conteúdo)

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