Mais três pessoas morrem em conflito na fronteira com a Venezuela
Mais três pessoas foram mortas e ao menos outras quinze tiveram ferimentos à bala na cidade Santa Elena, Venezuela, à 15h quilômetros da fronteira com o Brasil. A informação foi dada pela médica Carla Servitá ao “G1”. A venezuelana chegou ao à Pacaraima, Roraima, acompanhada de um ferido em uma ambulância
De acordo com Carla Servitá ao “G1”, dois dos feridos próximos à fronteira com a Venezuela estão em estado grave, e as vítimas foram atingidas do seguinte modo:
- uma pessoa levou quatro tiros (um em cada braço, um no abdômen e outro na bacia;
- outra pessoa levou um tiro (parte superior do abdômen);
- a terceira pessoa foi baleada na perna.
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Mais cinco feridos confirmados
A Secretaria Estadual de Saúde de Roraima (SESAU-RR) divulgou que, até às 17h, cinco pessoas feridas à bala foram transferidas do hospital Rosário Vera Zurita, onde Servitá trabalha, para o município de Pacaraima, em Roraima.
Em adendo, a SESAU-RR disse que os feridos estavam novamente sendo deslocados via ambulância para o Hospital Geral de Roraima (HGR).
A médica declarou que o clima é tenso na em Santa Elena, contudo, não confirmou a existência de conflitos devido à sua presença no hospital. Servitá contou que há apenas uma ambulância disponível para transportar os feridos.
O representante do governo do autodeclarado presidente interino Juan Guaidó, Thomas Silva afirmou que conflitos ocorreram em Santa Elena. “A última informação que temos é que há enfrentamentos, mas nada certo”, disse o representante.
Uma ambulância foi enviada para Paracaima pelo Corpo de Bombeiros brasileiro para auxiliar no transporte da fronteira. “Se houver necessidade de enviar outra nós vamos mandar”, comunicou o coronel Jean Hermógenes.
Jean Hermógenes declarou disse, normalmente, ambulâncias de bombeiros são ausentes em Pacaraima. Todavia, essa unidade foi à cidade na tarde da sexta-feira (22), consequência dos confrontos na fronteira com a Venezuela.
A ambulância tem macas, três socorristas e itens de primeiros socorros.
Apesar da fronteira da Venezuela com o Brasil permanecer fechada, por ordem do ditador Nicolás Maduro, a passagem de ambulâncias está liberada entre os dois países, segundo o “G1”.
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Morte de Zorayda Rodriguez
Como resposta à ajuda humanitária oferecida pelo Brasil, a Venezuela determinou o fechamento da fronteira sul do país na última quinta-feira (21).
“A partir das 20h [21h no horário de Brasília] de hoje, quinta-feira, 21 de fevereiro fica fechada total e absolutamente até novo aviso, a fronteira com o Brasil. Vale mais prevenir do que lamentar”, declarou o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
Assim, a Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela abriu o fogo. O fato ocorreu por volta das 6h30 locais, 7h30 no horário de Brasília, da sexta-feira (22). Houve uma morte na fronteira com o Brasil.
O comboio militar teria atacado a comunidade indígena do vilarejo de Kumarakapai, no sul do país.
Os soldados teriam disparado usando fuzis de assalto contra a população, matando Zorayda Rodriguez, 42 anos. E ferindo outras 12 pessoas. Quatro delas estariam em estado grave.
Os ativistas vítimas do ataque perto da fronteira da Venezuela com o Brasil pertenciam à tribo indígena Pemones.