Ford e sindicatos se reunirão para discutir indenizações a demitidos
Com o fechamento de suas três fábricas no Brasil, a Ford (NYSE: F) deve se reunir na próxima segunda-feira (18) com os sindicatos de metalúrgicos de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE) para tratar das indenizações dos trabalhadores da montadora americana. A informação foi divulgada nesta terça-feira (12) pelo jornal “Valor econômico”.
De acordo com o diretor do sindicato de Camaçari, Kleiton Alder, o sindicato irá propor um projeto de redução de gastos trabalhistas à Ford com a finalidade de reverter a decisão da montadora, caso não funcione, o sindicato negociará as indenizações.
“Vamos centrar forças na permanência da Ford até o último momento. Caso a empresa não volte atrás na decisão,
vamos partir para a negociação das indenizações”.
A Ford anunciou na última segunda-feira (11) que fechará todas as suas fábricas no País em meio a uma reestruturação de seus negócios na América do Sul.
A companhia diz que irá continuar operando no país com negócios de não-manufatura, incluindo seu escritório de desenvolvimento de produtos, na Bahia, sua sede regional e seu campo de provas, esses dois em São Paulo. A produção de veículos da Ford no continente, entretanto, ficará apenas na Argentina e no Uruguai.
As fábricas de Camaçari, na Bahia, que produz o Ford Ka e o EcoSport, e de Taubaté, em São Paulo, onde são produzidos motores, serão fechadas imediatamente. No último trimestre de 2021 será a vez da fábrica em Horizonte, no Ceará, na qual são produzidos a veículos da Troller.
Em 2019, a empresa já havia encerrado sua produção na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo, onde produzia o Fiesta. O carro, um dos modelos de maior sucesso da Ford, deixou de ser vendido no país.
Agora, os modelos nacionais da Ford terão suas vendas interrompidas assim que os estoques terminarem.