Ford anuncia programa de demissão voluntária em Camaçari, Bahia

A montadora Ford anunciou um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os funcionários operacionais da fábrica de Camaçari, na Bahia. 3.500 trabalhadores tem até o dia 26 de abril para aderir à medida.

A norte-americana informou que o objetivo é “adequar o excedente da força de trabalho à atual demanda de mercado”. Na unidade de Camaçari são produzidos o Ford Ka (versões hatch e sedan), o EcoSport e o motor 1.0 de 3 cilindros.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, à revista “Veja”, a Ford em conjunto com os funcionários acertaram um acordo de estabilidade há duas semanas.

Assim, a montadora comprometeu-se a não cortar pessoal até abril de 2020. Apenas por meio do PDV.

[optin-monster-shortcode id=”npkxlwaleraa8psvnego”]

 

O trabalhador que aderir ao programa receberá:

  • bônus de 35.000 reais;
  • Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
  • multa de 40% em cima do FGTS;
  • 13º salário proporcional;
  • férias;
  • e o direito de dar entrada no seguro desemprego.

A montadora possui cerca de 8.000 funcionários em Camaçari. Destes, 3.500 são operacionais. A unidade foi inaugurada em outubro de 2001.

Além desta fábrica, a Ford possui unidades em:

  • Taubaté (SP);
  • Tatuí (SP)
  • e São Bernardo do Campo (SP).

O fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo está prevista para o fim de 2019.

Saiba mais – Caoa vai comprar fábrica da Ford em São Bernardo 

Fechamento da Fábrica de São Bernardo do Campo

No dia 19 de fevereiro a Ford anunciou o fechamento de sua fábrica em São Bernardo do Campo.

A montadora norte-americana informou que vai sair do mercado de caminhões. De acordo com a Ford, essa medida é uma dos passos para “o retorno a lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul”.

Com o fechamento da fábrica, a montadora deixará de comercializar os modelos Cargo, F-4000, F-350 e Fiesta.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/11/1d178c34-relatorio-taee.png

Segundo a Ford, o custo dessa operação será de cerca US$ 460 milhões, entre indenizações trabalhistas, de concessionárias e de fornecedores, além da depreciação de ativos.

“A Ford está comprometida com a América do Sul por meio da construção de um negócio rentável e sustentável, fortalecendo a oferta de produtos, criando experiências positivas para nossos consumidores e atuando com um modelo de negócios mais ágil, compacto e eficiente”, informou Lyle Watters, presidente da montadora de carros na América do Sul.

Amanda Gushiken

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno