Ford reporta prejuízo de US$ 1,7 bilhões no quarto trimestre de 2019
A Ford (NYSE: F), segunda maior montadora de veículos dos Estados Unidos, anunciou, na última terça-feira (4), registrou um prejuízo de US$ 1,7 bilhão (R$ 7,39 bilhões) no quarto trimestre de 2019. O lucro por ação (LPA) foi de US$ 0,12, enquanto especialistas esperavam US$ 0,15.
A receita no trimestre caiu 5%, chegando a US$ 39,7 bilhões. No mesmo período do ano passado, a Ford teve um prejuízo líquido de US$ 100 milhões.
Além disso, a companhia apresentou uma previsão para 2020 mais fraca do que o esperado pelos especialistas. De acordo com o guidance da Ford, o desempenho da empresa neste ano será pressionada por custos maiores com garantias, investimentos em tecnologia e menores resultados de sua divisão financeira.
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Devido ao resultado e as perspectivas da companhia para 2020, no after market da Bolsa de Valores de Nova York, os papéis da empresa chegaram a cair 9,5%. No entanto, na manhã desta quarta-feira (5), já mostram uma alta de 2,23%.
Segundo o vice-presidente de finanças da Ford, Tim Stone, “os resultados foram OK em 2019. Conforme olho para 2020 e depois, estou muito otimista”, disse em entrevista a jornalistas.
A montadora de veículos informou que estima que o lucro operacional deste ano fique entre US$ 0,94 e US$ 1,20 por ação. Segundo analistas, o resultado esperado era de US$ 1,26.
A previsão menor do que o aguardado vem à tona após a revisão da estimativa dos resultados do ano passado, marcando um insucesso de Jim Hackett, presidente-executivo desde 2017.
O executivo vem solicitando calma aos investidores enquanto reestrutura a companhia. Esse processo de mudanças conta com uma aliança na fabricação de veículos elétricos com a Volkswagen e o desligamento de operações menos lucrativas, como na Índia e no Brasil, na fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo, em São Paulo.
Todavia, segundo a Ford, o processo de reestruturação não está perto de ser concluído. Para este ano, a empresa espera registrar entre US$ 900 milhões e US$ 1,4 bilhão em encargos.