A Ford registrou uma queda de 34% no lucro líquido do primeiro trimestre, com US$ 1,1 bilhão (US$ 0,29 por ação). No mesmo período de 2018, o lucro foi de US$ 1,7 bilhão (US$ 0,43 por ação).
O fechamento de fábricas na Europa e na América do Sul, que inclui a fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo, foram contabilizadas no resultado. No total, ouve uma baixa contábil de US$ 592 milhões. Esta é a fase inicial de um programa de reestruturação das operações internacionais da Ford de US$ 11 bilhões.
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Por outro lado, o lucro operacional ajustado cresceu 12%, para US$ 2,4 bilhões, ajudado pelo aumento dos preços dos automóveis nos Estados Unidos. Por ação, o lucro operacional foi de US$ 0,44, acima da média das estimativas dos analistas de mercado, de US$ 0,27.
A receita da Ford caiu 4%, que passou de US$ 42 bilhões para US$ 40,3 bilhões. O resultado foi puxado pela queda no volume de vendas da Ford. Além disso, o fim da produção do modelo Focus na América do Norte também afetou o desempenho da montadora.
América do Sul
Em relação a fábrica de caminhões em São Bernardo, a baixa contábil foi de US$ 193 milhões. A projeção da companhia é de registrar um montante total de US$ 460 milhões com o processo, que pode durar dois anos.
Em fevereiro, a Ford comunicou o encerramento das atividades da fábrica. No local, eram produzidos caminhões e o modelo Fiesta. Com a medida, 2,8 mil trabalhadores diretos e cerca de 1,5 mil de empresas terceirizadas foram demitidos.
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Dessa forma, a Ford registrou um prejuízo operacional de US$ 158 milhões na América do Sul. Esse é o pior resultado do grupo no período. A hiperinflação na Argentina e o câmbio desfavorável também prejudicaram os números da montadora na região.