A Ford fechou suas ações em baixa de 1,26% nesta terça-feira (10) na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) com sua cotação a R$ 9,42. O motivo principal para a queda foi o rebaixamento, realizado pela agência Moody’s, na nota de crédito da montadora para grau especulativo.
Segundo a agência, a baixa geração de caixa e o plano de reestruturação da Ford enquanto o mercado automotivo global desacelera, são os principais motivos para o rebaixamento do rating.
De acordo com analistas do jornal “Dow Jones Newswires”, a queda na nota de crédito aumentará os custos para empréstimos, o que fará com que o Ford Motor Credit, parte financeira da montadora, seja prejudicado.
O diretor-presidente da montadora, Jim Hackett, deve ser pressionado a apresentar resultados de seu plano de reestruturação.
Ford registrou baixa de 86,1% no lucro do 2T19
A Ford comunicou em julho deste ano que obteve um lucro abaixo das expectativas no trimestre. O lucro líquido da empresa foi de US$ 148 milhões. O valor significa uma baixa de 86,1% no comparativo com o mesmo período do ano passado.
A baixa pode ser explicada pela pressão sofrida pela montadora para reestruturar suas unidades localizadas na Europa e na América do Sul. No Brasil, inclusive, a Ford chegou a encerrar atividades em uma fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo. As despesas com tudo isso chegaram ao valor de US$ 1 bilhão.
Saiba mais: Ford registra US$ 148 milhões de lucro no trimestre; baixa de 86,1%
As demissões de funcionários na América do Sul e na Europa também contribuíram para a baixa no lucro da montadora americana.
Quase todo o lucro da gigante do meio automotivo foi conseguido na América do Norte. As caminhonetes da Ford fazem sucesso na região norte da América e alavancam o lucro da montadora.
A empresa americana também teve lucro na Europa, porém nada muito significativo. A China foi um importante mercado, já que lá a empresa não teve grandes perdas em comparação ao mesmo trimestre do ano passado.
Mesmo assim, as vendas da Ford tiveram baixa de 21,7%, na China, no trimestre. No primeiro trimestre do ano, a montadora teve uma queda de 35,8% no país asiático.
