O Fundo Monetário Internacional (FMI) sugeriu nesta quarta-feira (7) que a receita para a recuperação econômica ante a atual crise causada pela covid-19 está no aumento de impostos para os mais ricos e para as empresas que viram seus lucros crescer durante a pandemia. As informações são da revista Veja.
Um dos principais alvos, segundo o FMI, seriam as companhias de tecnologia. Com a economia se digitalizando ainda mais, essas empresas avançaram – a Amazon (AMZN34), por exemplo, viu seu lucro de 2020 crescer 84,1% na comparação com 2019.
Segundo, Paolo Mauro, um dos executivos de assuntos orçamentários da instituição, a pandemia aumentou as desigualdades: enquanto as famílias e grandes empresas conseguiram fugir para o trabalho remoto, grupos mais vulneráveis e pequenas empresas não tiveram essa opção.
Desigualdade gerada pela pandemia deve ser combatida durante recuperação, diz FMI
Ele afirmou ainda que a desigualdade ocorre agora também, durante a recuperação. Aqueles que mantiveram suas rendas no período da pandemia possuem reservas para saírem na frente em um momento de boom econômico, enquanto muitos dos mais pobres ainda se encontram sem empregos.
A forma de remediar isso seria, então, para o FMI, taxar os mais ricos e redistribuir as receitas tributárias por meio de redes de saúde, educação e de seguridade social. Sendo que esses impostos, para o fundo, podem ser, inclusive, momentâneos, durando apenas nesse momento mais intenso de recuperação.
Os membros do fórum pontuam ainda que, nos últimos anos, houve uma diminuição das receitas tributárias de empresas e que o momento pede que a iniciativa internacional chegue a um acordo sobre a tributação corporativa – para evitar que empresas, quando confrontadas com maiores impostos, busquem outros países.
Na última terça-feira (6), o diretor-executivo da Amazon, Jeff Bezos, afirmou que aprova a ideia de aumento sobre os impostos corporativos nos Estados Unidos após o presidente americano Joe Biden denunciar que a empresa não paga nenhum imposto federal sobre seus lucros.
Além de defender maiores impostos, os executivos do FMI defenderam também a aceleração da vacinação – se todos países conseguirem controlar a pandemia mais rapidamente, até US$ 1 bilhão de dólares seriam gerados em receitas tributárias no mundo no período de quatro anos.
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