Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve crescer 3% em 2019.
De acordo com o ‘World Ecomic Outlook’, relatório divulgado durante a reunião anual do FMI, o ritmo da economia está no mesmo patamar que 2009, quando em meio a crise financeira mundial.
A instituição internacional apontou uma desaceleração de 0,2% em relação ao esperado em julho para este ano. Para 2020, a estimativa é de 3,4%, frente aos 3,5% aguardados anteriormente.
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Tanto países desenvolvidos como emergentes estão desaquecidos economicamente, contribuindo para o enfraquecimento mundial. Entretanto, os países em desenvolvimento apresentam os maiores entraves na continuação do seu crescimento econômico, entre eles:
- Brasil
- China
- Índia
- México
- Rússia
Mais de 50% dos países, exceto africanos da região subsaariana, apresentam projeções de crescimento menores do que a média dos últimos 25 anos.
Análise do FMI
De acordo com o FMI, as economias desenvolvidas apresentarão um avanço de 1,7% neste ano, estimativa 0,2% abaixo da divulgada em julho. Para ano que vem, a projeção foi mantida em 1,7%. Os países emergentes ou em desenvolvimento devem crescer 3,9% em neste ano (em julho, eram esperados 4,1%) e 4,6% em 2020, ante 4,7% previstos anteriormente.
A China, segunda maior economia mundial, deve crescer 6,1% em 2019, projeção 0,1% abaixo do divulgado em julho. Para o ano que vem, a expectativa é de crescimento de 5,8%. Antes, eram estimado um crescimento de 6% em 2020.
O FMI atribui essa nova revisão, principalmente, ao avanço acentuado das disputas comerciais ao redor do mundo, que haviam diminuído no começo deste ano. A guerra comercial entre Estados Unidos e China levou a aumentos tarifários relevantes, prejudicando o ambiente de negócios e a confiança internacional, conforme o relatório.
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“Enquanto o clima dos mercados financeiros foi contaminado por essa questão, a mudança da política monetária, que tornou-se mais acomodatícia nos Estados Unidos e algumas outras economias, desenvolvidas e emergentes, serviu de contrapeso”, informou a instituição.
“Como resultado, as condições financeiras ficaram mais acomodatícias, no caso das desenvolvidas, mais do que estavam na primavera”, disse o FMI, fazendo alusão às alterações em relação aos cenários traçados na reunião realizada em abril deste ano.
Na reunião, foi estabelecido que o crescimento do comércio mundial deve sofrer um forte esfriamento. O FMI alterou de 2,5% para 1,1% a estimativa para a expansão do comércio internacional neste ano e de 3,7% para 3,2% em 2020.
Além dos efeitos da disputa comercial, o FMI também considera outras duas explicações para a continuidade da desaceleração mundial da atividade:
- Queda da produção e das vendas da indústria automobilística
- Menor demanda chinesa, levada pela necessidade regulatória para controle das consequências da guerra comercial
A estimativa de crescimento de 3% do PIB global em 2019 representa um enfraquecimento significativo, tanto para economias avançadas como para as que ainda estão em desenvolvimento, principalmente em comparação com 2018, que o mundo cresceu 3,6%.
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O FMI aponta que a partir do ano que vem poderá ocorrer um processo de recuperação. A expectativa é de crescimento de 3,4%, taxa que pode ser sensivelmente elevada no período entre 2021 e 2024.
Para os EUA, a instituição internacional alterou a projeção de 2,6% para 2,4% a estimativa para o crescimento em 2019, mas alterou a cálculo de crescimento de 1,9% para 2,1% para o ano que vem.
Todavia, o cenário traçado pelo FMI é evidentemente um desaquecimento da maior economia do mundo, já que, no ano passado, a economia norte-americana havia avançado 2,9%.
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