O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira (8) que as economias da América Latina e do Caribe devem retornar aos níveis pré-pandemia apenas em 2023, o que representa uma demora maior em relação às outras partes do mundo.
Os economistas Alexandro Werner, Anna Ivanova e Takuji Komatsuzaki, apontaram no relatório do FMI que “o ressurgimento da pandemia no final do ano ameaça frustrar uma recuperação desigual e aumentar os acentuados custos sociais e humanos [na América Latina e no Caribe]”.
Além disso, para o Fundo Monetário Internacional a recuperação completa da região, em termos per capita, deve ocorrer somente em 2025.
PIB da América Latina
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) da região é de uma contração de 7,4% em 2020, contra uma previsão de queda de 8,1% calculada em outubro.
Já para este ano, a expectativa é que a economia latino-americana e caribenha tenha um crescimento de 4,1%, contra a estimativa de avanço de 3,6% previsto no último relatório do Fundo.
“A previsão agregada esconde diferenças importantes entre os países. Enquanto o crescimento para este ano no Brasil, México, Chile, Colômbia e Peru foi revisado para cima, para o Caribe ele foi reduzido, de 4% para 2,4%, porque a retomada da atividade vital de viagens e do turismo tem sido muito mais lenta do que o previsto”,
disse.
FMI melhora previsão para crescimento do Brasil em 2021
O Fundo revisou em janeiro sua previsão para o crescimento da economia do Brasil para 3,6%, ante 2,8% da projeção anterior realizada em outubro.
De acordo com o relatório Panorama Econômico Global do FMI, o crescimento no Brasil de 2022 deve ser de 2,6%, o que representa um aumento de 0,3% em relação ao estudo anterior.
Além disso, a economia mundial tenderá a crescer 5,5% este ano e 4,2% em 2022. A previsão para 2021 foi revisada para cima, com um aumento de 0,3 ponto percentual em relação à anterior, refletindo as expectativas de um fortalecimento na economia ocasionado pela vacinação contra o coronavírus (Covid-19).
O estudo do FMI projeta ainda que a atividade da economia global deve crescer no final de 2021, com a vacinação das populações e também com os pacotes de estímulo impostos por grandes economias.