O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou nesta terça-feira (26) sua previsão para o crescimento da economia do Brasil para 3,6%, ante 2,8% da projeção anterior realizada em outubro.
De acordo com o relatório Panorama Econômico Global do FMI, o crescimento no Brasil de 2022 deve ser de 2,6%, o que representa um aumento de 0,3% em relação ao estudo anterior.
Além disso, a economia mundial tenderá a crescer 5,5% este ano e 4,2% em 2022. A previsão para 2021 foi revisada para cima, com um aumento de 0,3 ponto percentual em relação à anterior, refletindo as expectativas de um fortalecimento na economia ocasionado pela vacinação contra o coronavírus (Covid-19).
O estudo projeta ainda que a atividade da economia global deve crescer no final de 2021, com a vacinação das populações e também com os pacotes de estímulo impostos por grandes economias.
Economia em 2020
Para o ano de 2020, a projeção para a contração da economia global é de uma queda de 3,5%, o que representa 0,9 ponto percentual acima do estimado no informe anterior do Fundo, realizado em outubro do último ano.
Contração de dívidas durante pandemia terá de ser tratada no médio prazo, diz FMI
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, declarou em dezembro do último ano que a contração de dívidas em diferentes países terá de ser tratada no médio prazo para mitigar os impactos econômicos da pandemia do coronavírus (covid-19).
De acordo com a economista do Fundo, no caso da América Latina, ainda devem ocorrer reformas econômicas no pós-crise, como forma de evitar uma recuperação econômica desigual.
Para Georgieva, “Os governos precisam adotar um planejamento fiscal confiável para o médio prazo, para provar que a expansão do déficit é momentânea. À medida em que a economia for se recuperando, é preciso pôr em prática medidas de ajustes de contas públicas“.
Todavia, a diretora-gerente do FMI reconheceu que foram realizados amplos apoios monetário e fiscal na América Latina, o que colaborou com a recuperação em meio à crise na região.
“A América Latina já crescia pouco antes da pandemia. Muita coisa lá poderia ser melhor, como as condições de crescimento do setor privado”, avaliou. “Ainda é uma região muito desigual. Tem 8% da população mundial e 20% das infecções por covid-19”, disse a diretora do FMI.