FMI anuncia Kristalina Georgieva como sua nova diretora-gerente
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta quarta-feira (25), que a economista búlgara Kristalina Georgieva será a nova diretora-gerente do Fundo.
Georgieva se tornará a primeira pessoa vinda de uma economia emergente a comandar o FMI. O mandato será de cinco anos e iniciará no dia 1º de outubro.
A economista, que tem uma ideologia próxima à centro-direita, cresceu na Bulgária enquanto o país era governado sob uma ideologia comunista. Georgieva construiu sua reputação durante o período que trabalhou no Banco Mundial como executiva-chefe desde 2017. Além disso, foi presidente interina do Banco entre 1º de fevereiro e 8 de abril de 2019.
De acordo com o jornal “Financial Times”, pessoas próximas a Georgieva falaram que a economista é “tenaz e franca”, mas com bom senso de humor. Além disso, sua capacidade de criar consenso entre diversos grupos e seu instinto político afiado são comparados ao de sua antecessora, Cristine Lagarde.
A búlgara foi sugerida para o cargo pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e foi apoiada pelo resto da União Europeia (UE) e pelos EUA.
FMI e Brasil
Enquanto isso, na última terça (25), o FMI orientou o Brasil a reforçar suas regras fiscais relacionadas aos estados e municípios. Com isso, o País poderia adotar uma regra para diminuir o aumento de despesas, passando a reduzir o endividamento dessas duas esferas.
Saiba mais: FMI orienta estados e municípios brasileiros a limitarem suas despesas
As propostas estão no relatório do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI. O órgão sediado nos Estados Unidos enviou missão ao Brasil para estudar maneiras de tornar mais rígida a estrutura fiscal de estados e municípios. O relatório foi divulgado nesta terça-feira (24).
O fundo também aconselhou o País a restringir ou banir a oferta de garantias da União a operações de crédito de estados e municípios. Além disso, o FMI orientou o Brasil a permitir que estados e municípios tenham maior acesso ao financiamento bancário.