O Fundo Monetário Internacional (FMI) ampliou a disponibilidade de recursos para os países da América Latina na Linha de Crédito Flexível (LCF). O objetivo da organização internacional é criar uma rede de segurança para que as economias da região possam superar os efeitos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Entre os países que poderiam se beneficiar dos recursos disponibilizados pelo FMI estão:
- Chile
- Peru
- México
- Colômbia
economias que sofreram as fortes oscilações dos mercados registradas no primeiro trimestre.
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O FMI aprovou em maio o acesso a LCF para esses quatro países, que terão uma disponibilidade de US$ 107 bilhões (cerca de R$ 550 bilhões no total) e financiamentos. Esse valor representa cerca de um décimo da capacidade total de empréstimo do fundo.
As linhas de crédito do fundo são disponíveis para países que têm um histórico de políticas fiscais responsáveis, mas que também são vulneráveis a choques externos.
As linhas de crédito são de:
- US$ 61 bilhões para o México
- US$ 24 bilhões para o Chile
- US$ 11 bilhões para o Peru
- US$ 11 bilhões para a Colômbia
O valor é superior o total de fundos que o FMI reservou para mais de 100 países que manifestaram interesse em financiamento de emergência para enfrentar a crise econômica provocada pelo coronavírus.
Entretanto, esses quatro países pagarão uma taxa de compromisso anual com base em seu nível de acesso. Por exemplo, o México que é o maior beneficiado, pagará US$ 163 milhões.
Linha de crédito do FMI apresenta novidades
Entre as novidades que o LCF proporcionou está a desvinculação de qualquer condição de austeridade fiscal. Um fator importante, considerando que empréstimos recentes à Argentina e ao Equador geraram protestos após recomendações de corte de gastos públicos apresentadas pelo fundo.
Um dos problemas que a pandemia de coronavírus provocou para essas economias foi a saída de dólares, provocada em grande parte pelo pânico dos investidores e pela busca de ativos mais seguros.
Segundo o Instituto de Finanças Internacionais. somente em março, os investidores retiraram cerca de US$ 83 bilhões dos mercados de renda variável e da dívida dos países em desenvolvimento.
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Os governos desses países latino-americanos poderão acessar as linhas de crédito do FMI se as condições piorarem significativamente. Esses recursos poderão ser utilizados como reserva para complementar seus recursos internacionais em caso de emergência.
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