FMI: economia da América Latina avançará menos do que esperado em 2020

O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou, nesta quarta-feira (29), que o crescimento econômico da América Latina deverá ser um pouco menor do que o esperado em 2020, após estagnar em 0,1% no ano passado.

De acordo com o FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina será prejudicada neste ano por conta das fraquezas e atrasos externos em grandes economias da região, como México e Argentina. Com isso, o órgão apontou que o crescimento econômico deve ser de 1,6% neste ano.

O avanço apontado pelo fundo para 2020 indica uma queda de 0,2 ponto percentual ante o previsto para o mesmo período no relatório divulgado em outubro. Para 2021, a organização prevê um crescimento de 2,3% no PIB latino.

A redução da estimativa de crescimento econômico considera os efeitos de uma recuperação gradual do PIB global. Em contrapartida, as tensões sociais que acontecem em países da América Latina, como no Chile, podem reduzir os impactos positivos desta restauração global.

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“Embora as causas das tensões sociais variem de um país para outro, elas geralmente refletem insatisfação com certos aspectos dos sistemas econômicos e políticos”, informou a autoridade monetária.

Previsão do FMI para alguns países da América Latina

O fundo informou que prevê uma expansão de 2,2% para a economia do Brasil neste ano. A organização espera que o PIB do País seja impulsionado pela queda da inflação e pelos avanços na reforma da Previdência.

Para o Chile, a autoridade monetária espera um crescimento de somente 0,9%. No ano passado, o fundo acredita que o PIB do país tenha avançado 1% após ser afetado pela onda de protestos contra o sistema econômico.

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A organização reduziu sua estimativa de crescimento para o PIB do México em 0,3 ponto percentual por conta da política fiscal do governo e das questões comerciais com os Estados Unidos. Dessa forma, a economia do país deve avançar 1% neste ano.

Para Argentina, o FMI prevê uma retração de 1,3% da economia neste ano. A contração ocorre em meio a tentativa do novo governo de renegociar a dívida pública. Para o ano que vem, a entidade projeta uma recuperação de 1,4% no PIB do país.

Giovanna Oliveira

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