FMI projeta dívida bruta do Brasil a 91,6% do PIB em 2019

O Monitor Fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, nesta quarta-feira (16), que a dívida bruta, em 2019, alcançará 91,6% do Produto Interno Bruto (PIB), 1,2% acima dos 90,4% divulgados na previsão de abril deste ano.

A trajetória prevista pelo FMI para a dívida bruta do Brasil melhorará ligeiramente em 2022. Contudo, mesmo com a boa notícia, as estimativas sobem anualmente até 2024, quando a dívida estará, com folga, acima dos 90%.

Segundo o FMI, as previsões são as seguintes:

  • em 2020, a dívida bruta atingirá 93,9% do PIB (a previsão anterior era de 92,4%);
  • em 2021, será de 94,1% (0,4% abaixo do projetado em abril);
  • em 2022, a projeção cairá de 95,6% para 95,3%;
  • em 2023, cai de 96% para 95%;
  • Já em 2024, há uma forte queda, de 97,6% para 94,9%.

Ainda de acordo com os cenários planejados pelo FMI, o Brasil seguirá com a maior dívida bruta em proporção ao PIB entre os países emergentes. A média das projeções para o grupo de países é de 53,8% do PIB para este ano e 63,9% para 2024. Na América Latina, a dívida bruta é prevista a 71,7% do PIB em 2019, 71,3% em 2020, chegando a 2024 com 69,1%. O Brasil é o pior país em média na América Latina em relação à dívida bruta esperada.

Guerra comercial e FMI

A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, afirmou. na última terça-feira, que a guerra comercial diminuirá o Produto Interno Bruto (PIB) global até 2020.

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De acordo com a economista do FMI, até o ano que vem, o conflito comercial entre os Estados Unidos e a China pode reduzir aproximadamente 0,8 ponto percentual do PIB mundial.

Por conta disso da desaceleração econômica global, Gopinath ressaltou que não há espaço para ‘políticas erradas’.

Saiba mais: Guerra comercial reduzirá PIB mundial, diz economista-chefe do FMI

“Os países precisam trabalhar juntos, porque o multilateralismo continua sendo a única solução para combater as principais questões, como os riscos das mudanças climáticas, riscos de segurança cibernética, taxas de evasão e as oportunidades e desafios das tecnologias financeiras emergentes”, afirmou a economista-chefe do FMI.

Rafael Lara

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