O Fundo Monetário Internacional, o FMI, aprovou um acordo de linha de crédito flexível de dois anos para o Chile. No montante total, são US$ 18,5 bilhões aprovados para o país.
Segundo o FMI, esse crédito para o Chile visa aumentar as reservas do país e fornecer um seguro contra cenários adversos.
Em comunicado, a instituição afirmou que a linha será tratada como precaução, e que a economia chilena enfrenta um aumento acentuado dos riscos globais.
“O Chile se qualifica para a linha em virtude de seus fundamentos e políticas econômicas muito fortes, que continuam a apoiar a resiliência e a capacidade do país de responder a choques”, disse o FMI.
Além disso, o fundo avaliou que o país mostrou “uma recuperação impressionante das consequências da pandemia de covid-19”.
Linha de crédito do FMI deve ‘engordar reservas’
A linha de crédito aumentará temporariamente as reservas preventivas do Chile e fornecerá um seguro contra uma ampla gama de riscos, “inclusive de uma possível desaceleração global abrupta; choques de preços de commodities; repercussões da guerra da Rússia na Ucrânia; ou um forte aperto das condições financeiras”, afirma o FMI.
O programa de crédito do FMI permite que seus beneficiários utilizem a linha de crédito a qualquer momento e foi projetado para atender com flexibilidade às necessidades reais e potenciais da balança de pagamentos.
Vale lembrar que os saques da linha de crédito não são vinculados às condicionalidades, como nos programas regulares apoiados pelo FMI.
Em relatório sobre o cenário econômico global, a Capital Economics aponta que países com grandes déficits em conta corrente, principalmente o Chile, estão encontrando suas moedas sob pressão, provocando respostas de política monetária agressivas.
Em julho, cerca de um mês antes do empréstimo do FMI, o banco central do país elevou a taxa de juros a 9,75%, maior nível em 24 anos.
Com Estadão Conteúdo
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