FMI: Brasil deve receber US$ 15 bilhões com medida emergencial

O G20, grupo das 20 principais economias do mundo, solicitou, neste sábado (10), que o Fundo Monetário Internacional, o FMI, implemente uma liberação de liquidez de US$ 650 bilhões para os países membros até o fim do mês de agosto. Com o movimento, o Brasil deve receber 2,32% das cotas do fundo, equivalentes a um montante de US$ 15,08 bilhões.

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O pedido ao FMI dá enfoque na pauta de combate à pandemia, já que os recursos solicitados devem ser destinados à uma ajuda aos países mais pobres, prevendo aceleração da vacinação nestas nações.

A operação se dará com a maior alocação até hoje de Direitos Especiais de Saque (DES), um ativo de reserva internacional emitido pelo FMI, gratuito e incondicional dentro dos limites de cotas que cada país tem no fundo.

Vale frisar que o DES faz parte das reservas de divisas dos países e também pode ser vendido ou utilizado para pagamento a outros bancos centrais, além de ter alocação somente em situações de crise.

‘’Vamos continuar a apoiar todos os países vulneráveis afetados pela pandemia de covid-19’’, diz o comunicado emitido após a reunião dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G20.

A tese que impulsiona a solicitação é de que, com a pandemia, os cofres públicos dos países mais pobres ficaram ainda mais fragilizados.

FMI calcula salvar meio milhão de vidas até dezembro

Com a medida de situação de emergência, o FMI estima salvar 500 mil vidas até o fim do ano, dada a aceleração da vacinação nas nações ajudadas – considerando a acessibilidade e a priorização dos grupos de risco.

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No montante total, serão US$ 274 bilhões repassados às economias emergentes com a alocação dos DES – o que equivale a um aumento de 10% nas reservas internacionais.

G20 endossa acordo que taxa multinacionais

Ainda neste sábado (10), além da solicitação ao FMI, o G20 endossou o “acordo histórico” que prevê uma taxação das multinacionais. O acordo tributário, negociado no início deste de julho por 130 nações, aumentou as esperanças de que as principais economias possam encontrar abordagens comuns para lidar com outros problemas globais, como mudança climática e comércio.

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Eduardo Vargas

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