FMI: América Latina deve sofrer pior contração desde pelo menos 1960

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira (13) uma previsão na qual as economias da América Latina devem sofrer a maior contração desde pelo menos 1960 por conta da pandemia.

No que tange à retomada em 2021, o FMI projetou que a recuperação irá depender, em grande medida, da capacidade dos governos de controlar a crise sanitária e os riscos sociais decorrentes da pandemia.

De acordo com o relatório Perspectivas Econômicas Globais de outubro, a entidade internacional antecipou um encolhimento da economia da América Latina de 8,1%, queda inferior ao tombo de 9,2% previsto em junho. O Fundo, no entanto, amenizou sua estimativa de crescimento para o próximo ano, para 3,6%.

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A queda em 2020 deve superar, em grande número, o recuo de 2,5% no ano de 1983, em meio à crise da dívida externa, e a retração de 1,9% do colapso financeiro do final da década passada, conforme a série histórica do Banco Mundial, que teve início em 1960.

“Países menores e economias dependentes de matérias-primas e turismo estão em uma posição particularmente difícil”, salientou o FMI em comunicado.

FMI modera perspectivas para maiores economias da AL

As estimativas, todavia, têm se moderado para a região da América Latina em função da retomada acelerada de seus dois principais parceiros comerciais, a China e os Estados Unidos, nos três meses anteriores.

A entidade atenuou as projeções de crise para as maiores economias da região, em particular em países que não foram fortemente afetados na contenção do novo coronavírus. As previsões indicam avanços nas economias que registraram menos paralisações na economia.

No que concerne ao Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano deve cair 5,8%, revisão significativa em relação à previsão de queda de 9,1% do FMI feita em junho. O crescimento em 2021 será moderado, de 2,8%, influenciado pela menor demanda doméstica que afeta o setor de serviços.

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Arthur Guimarães

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