FMI está focado em ajudar a Argentina, afirma Georgieva

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, afirmou, nesta sexta-feira (17), que a organização está focada em fazer o possível para ajudar a Argentina. “Tivemos relações muito construtivas até agora com a nova liderança argentina”, declarou Georgieva, às vésperas de seu embarque para o Fórum Econômico Mundial, que será realizado em Davos, na Suíça.

“Conversei com o presidente, com o ministro das Finanças e com os assessores [do FMI] que trabalham com a equipe da Argentina”, declarou a diretora-gerente aos jornais argentinos “Ámbito Financiero” e “La Nación”. “Estamos procurando fazer o possível para ajudar a Argentina. Concordamos com a necessidade de restaurar a economia e enfrentar o aumento da pobreza que afetou muitos argentinos.”

O presidente do país, Alberto Fernández, confirmou as conversas com Georgieva.

A búlgara ainda confirmou que irá participar de uma reunião com representantes argentinos, convocada pelo papa Francisco, no dia 5 de fevereiro, pelo evento ” “Novas Formas de Fraternidade Solidária de Inclusão, Integração e Inovação”, organizado pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais, em Roma.

Inflação na Argentina

A inflação na Argentina chegou a 53,8% em 2019. O valor é o mais elevado desde 1991. As informações foram divulgadas, nesta quarta-feira (15), pelo Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec).

Saiba mais: Argentina fecha 2019 com inflação de 53,8%, maior valor desde 1991

De acordo com as informações divulgadas pelo Indec, somente em dezembro, a inflação na Argentina aumentou 3,7% em relação ao mês anterior.

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O setor de saúde foi o mais afetado pelo aumento dos preços. Neste segmento, o avanço foi de 72,1% no ano passado. Em seguida, os setores de comunicação e mantimentos domésticos acumularam alta de 63,9% e 63,7%, respectivamente. Confira o desempenho dos outros setores:

  • Alimentos e bebidas (+56,8%);
  • Bens e serviços diversos (+55,9%);
  • Vestimentas e calçados (+51,9%);
  • Restaurantes e hotéis (+50,3%);
  • Bebidas alcoólicas e tabaco (+50,2%);
  • Transportes (+49,7%);
  • Recreação e cultura (+48,5%);
  • Educação (+47,1%);
  • Moradia, água e eletricidade (+39,4%).

Em 2018, o avanço dos preços no país latino-americano foi de 47,6%. A Argentina possui uma das inflações mais altas do mundo, sendo a segunda maior da América Latina, somente atrás da Venezuela.

Rafael Lara

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