O fluxo cambial do Brasil em janeiro ficou positivo em US$ 2,797 bilhões, informou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira (3). Esta maior entrada líquida mensal desde maio do ano passado, quando o indicador apontou um ingresso de US$ 3,08 bilhões.
O resultado vem após o País apurar saídas líquidas de US$ 8,353 bilhões em dezembro de 2020. No acumulado do ano passado, o Brasil registrou um fluxo cambial negativo de US$ 27,92, no segundo pior ano da sua história.
No canal financeiro, houve entrada líquida de US$ 3,622 bilhões em janeiro, resultado de aportes no valor de US$ 42,050 bilhões e de retiradas no total de US$ 38,428 bilhões. Este segmento reúne investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo ficou negativo em US$ 825 milhões, com importações de US$ 13,191 bilhões e exportações de US$ 12,366 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 1,641 bilhão em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 1,981 bilhão em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 8,744 bilhões em outras entradas.
Na semana passada, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 570 milhões.
O canal financeiro registrou na semana passada saída líquida de US$ 29 milhões. Isso foi resultado de aportes no valor de US$ 10,647 bilhões e de envios no total de US$ 10,676 bilhões.
No comércio exterior, o saldo ficou negativo em US$ 542 milhões no período, com importações de US$ 3,965 bilhões e exportações de US$ 3,424 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 370 milhões em ACC, US$ 655 milhões em PA e US$ 2,400 bilhões em outras entradas.
BC perde R$ 16,3 bi com atuação no câmbio em janeiro
Além disso, o Banco Central informou hoje que registrou uma perda de R$ 16,338 bilhões nas operações de swaps em janeiro deste ano.
Em 2020, a conta ficou negativa em R$ 40,801 bilhões. Já o valor medido em reais das reservas internacionais, como resultado da variação do câmbio, aumentou R$ 88,608 bilhões em janeiro.
(Com informações do Estadão Conteúdo)